terça-feira, 6 de novembro de 2007

A ORDEM SOBREVIVE

O rei Filipe tentou tomar posse dos tesouros dos templários, no entanto quando seus homens chegaram ao porto, a frota templária já havia partido misteriosamente com todos os tesouros, e jamais foi encontrada. Os possíveis destinos dessa frota seriam Portugal, onde os templários seriam protegidos; Inglaterra, onde se refugiaram por algum tempo, e Escócia onde também puderam permanecer com bastante segurança.
Após a aniquilação dos Templários na maior parte da Europa, a Ordem continuou em Portugal, como a Ordem de Cristo ( da qual o Infante D. Henrique foi Grão-mestre ). A Ordem de Cristo herdou todos os bens dos Templários portugueses e desempenhou um papel fundamental nos Descobrimentos.
Na Escócia, a Ordem do Templo contou com a proteção de Robert Bruce Stuart (Roberto I Rei da Escócia) e gozou de liberdade suficiente para continuar suas atividades sem ser incomodada pela inquisição da Igreja Católica. Seus membros ingressaram nas fraternidades maçônicas e em 1314, Robert Bruce e Johan Marcus Larmenio, considerado sucessor de Jacques de Molay, fundam a "Loja dos Maçons Livres e Aceitos do Rito Escocês". Os Templários sobreviveram nos rituais maçônicos, especialmente no "Rito Escocês Antigo e Aceito" e também na "Ordem DeMolay".

A MALDIÇÃO DE JACQUES DE MOLAY

A lenda nos diz que, em meio as chamas, pouco antes de morrer, ouviu-se a voz de Jacques de Molay, o último Grão Mestre Templário, intimando seus três algozes: O papa ClementeV, Guilherme de Nogaret (Guarda-Selos do reino) e o Rei Filipe, a comparecer diante do tribunal de Deus, e amaldiçou os seus descendentes. Segundo a lenda, foram essas as suas últimas palavras:
"NEKAN, ADONAI !!! CHOL-BEGOAL !!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE O TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS!!!"
Se isso é ou não verdade, não se pode afirmar. Contudo, Clemente morreu trinta e três dias depois e o Rei Felipe, o Belo, o seguiu em pouco mais de seis meses. Aceita ou não, esta Lenda do último Grão-Mestre da Ordem do Templo - Jacques De Molay, as mortes e o próprio mito que cercou os Cavaleiros Templários, permanecem um mistério.

HISTÓRIA

A Ordem do Templo, tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e econômico. A sua divisa era: " Non nobis Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam ! ", o que significa: " Não por nós Senhor, não por nós, mas para a glória de Teu nome! "
De forma rápida a Ordem ia crescendo, tanto política quanto economicamente. Estavam diretamente sob a autoridade papal, e, portanto, sem responsabilidade para com qualquer Rei ou nação.
Passaram a possuir terras, castelos e muito dinheiro. Tamanha se tornara a sua força que mesmo Reis e Príncipes passariam a confiar toda fortuna que possuíam à sua guarda. Muito da riqueza Templária advém disto, pois boa parte dos bens conferidos à guarda Templária, quer por um motivo ou outro, jamais retornaria às mãos de seu dono original.
Mas o início do século XIV encontraria uma Europa bem distinta daquela de duzentos anos antes. As derrotas do exército cristão, no oriente, impunham um definitivo cessar da era das grandes cruzadas. Não havia mais terras santas a serem defendidas e a idéia de Ordens Militares logo tomaria ares de anomalia, visto não mais haver necessidade de sua principal função: a proteção dos peregrinos.
Nessa época, reinava na França, Felipe IV, cognominado Felipe o Belo. Implacavelmente coerente em seus atos, realçando os aspectos sacerdotais de um monarca, Felipe IV, transformara-se em uma espécie de semideus, conduzindo seu reinado com mão de ferro.
Felipe, como parte de um maquiavélico plano, tentara fazer parte da Ordem do Templo. Mas, para sua ira, seu pedido de ingresso lhe fora negado.
A história, repleta de exemplos de Reis dominados pela Igreja e por Papas, teve em Felipe, o Belo, justamente o oposto. O quadro clérigo da época destacava-se, não pela presumida divina representação terrena de Deus, atribuída a Santa Igreja Católica, mas pelas fortes disputas internas por posições de destaque político dentro do corpo eclesiástico. Felipe, bem consciente deste fato, marcou um encontro secreto com um certo arcebispo, nas ruínas de um mosteiro em plena floresta. Nesse encontro, propõe fazer do inexpressivo arcebispo, Papa, em troca de seis favores, dos quais um, só lhe seria revelado após a eleição. Felipe acertara em cheio na sua escolha. Assim, sob sua influência, um sujeito fraco e ganancioso, o Arcebispo Beltrão de Got, subia ao Trono de São Pedro como Papa Clemente V, em novembro de 1305.
O favor oculto devido a Felipe por Clemente V, só um papa poderia fazê-lo, pois os Templários não estavam submissos a mais ninguém. Era a dissolução da Ordem dos Templários e Clemente V seria o instrumento de Felipe, o Belo.
Felipe, no intuito de elaborar um plano de ação contra os Templários, fez-se infiltrar na Ordem através de vários agentes. O fim da Ordem do Templo estava desencadeado. Em uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307, Jacques de Molay e cerca de cinco mil Templários, quase todos aqueles existentes na França, foram encarcerados pelos homens do Rei Felipe, o Belo.
As acusações mostravam heresias as mais diversas, a maioria destas sendo bem comuns aos cotidianos processos movidos pela Santa Inquisição: negação do Cristo, blasfêmia contra Deus, homossexualismo, idolatria ( adoração de Baphomet ), conluio com os infiéis do islã, etc.
O processo de inquisição contra os Templários continuou por sete anos. Seu ápice ocorreu em 18 de março de 1314, quando o último líder dos Templários, Jacques de Molay e Geoffroy de Charnay, foram arrastados à morte na fogueira da Santa Inquisição.

A LENDA DO GRAAL

Conta uma lenda, que os Cavaleiros Templários, teriam encontrado no Templo de Salomão, documentos e tesouros que os tornaram poderosos. Segundo essa lenda, dentre os tesouros estaria o próprio "Santo Graal", o cálice onde fora recolhido o sangue de Jesus Cristo na cruz, e o mesmo que fora usado na última ceia.

ORIGENS

No final do século XI, a Europa, enfrentava uma profunda crise econômica e vivia um momento de estagnação sócio-cultural. O Cristianismo encontrava-se tumultuado e dividido; esse clima tenso era propício para guerras e disputas internas que só colaboravam para o agravamento da situação.
O novo Sumo Pontífice a ocupar o Trono de São Pedro, Urbano II, eleito papa em 1088, revelou-se, muito além daquelas qualidades e funções cabíveis ao suposto representante de Deus na terra, um notável político e excelente articulador.
Um dos sonhos da Igreja da época, e de Urbano II, era retomar a cidade de Jerusalém, cuja posse estava nas mãos dos "infiéis do islã" havia mais de quatro séculos, desde o ano 638 d.C., quando fora tomada pelo exército muçulmano. Além da importância histórica para os cristãos da própria cidade em si, os supostos tesouros ali encerrados, havia também por parte de toda a alta hierarquia do clero, o desejo de "unificar" cristãos ocidentais e orientais sob o jugo único do pontificado Papal. Esses eram motivos mais que suficientes para justificar uma empreitada a terra santa.
A habilidade política do Papa Urbano II conquistou a submissão espiritual de praticamente todos os cristãos ocidentais, fazendo com que parte da Europa entendesse que havia uma necessidade premente e divina de se recuperar aquilo que, por direito, pertencia aos cristãos. E desta forma foi articulada a Primeira Cruzada, cujo divino objetivo era "devolver a Deus o que era de Deus". Teve início a Primeira Cruzada, e assim Jerusalém viria a cair sob domíínio cristão ocidental. Estava inalgurada a era das "guerras santas".
As peregrinações, naquela época, eram costumeiras entre os europeus, principalmente entre os cristãos, sendo uma atividade abençoada e encorajada pela Igreja e pelo Papa. Um dos caminhos de maior importância, senão o mais importante, era justamente aquele que conduzia os peregrinos à Terra Santa, ou seja, Jerusalém. Esse caminho, contudo, não era seguro, deixando os que nele se aventurassem a toda sorte de bandidismo, assaltos, etc., e mesmo à morte.
Alguns anos após a queda de Jerusalém, em 1118, nove Cavaleiros então, liderados por Hughes de Payens, todos veteranos da Primeira Cruzada, se reuniam para prestar um nobre serviço ao reino cristão e fundaram a Ordem dos Cavaleiros de Cristo, tomando o tríplice voto de Castidade, Pobreza e Obediência, dedicando suas vidas, dali até a morte, à proteção dos peregrinos e à garantia do Reino de Cristo.
O então novo Rei de Jerusalém, Balduíno II, que sucedera seu primo Balduíno I, logo viu na atitude dos nobres e valorosos cavaleiros algo de grande valor e importância. A título de reconhecimento e confiança, cedeu-lhes terras e construções para que lhes servissem de acomodação e base. As terras eram situadas no local onde supostamente havia sido construído o famoso Templo de Salomão. Não tardou e os "Pobres Cavaleiros de Jesus Cristo" passaram a se denominar de "Cavaleiros do Templo de Salomão", ou simplesmente de "Cavaleiros Templários" e, assim nasceu a "Ordem do Templo", cuja denominação completa era: "Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".

OS TEMPLÁRIOS

Eram cavalheiros protetores,instalados por Balduíno II, rei de Jerusalém em uma residência ao lado ocidental do palácio construido nas proximidades das ruinas do Templo de Salomão. Dai o nome Cavalheiros dos Templos, ou Os Templários. Em 1127 o Papa Honório II aprovou os templários ocmo ordem, dando a eles vestimentas especiais: um hábito branco com uma cruz vermelha no peito. Pouco tempo depois, no Concílio de Troies, foram redigidos os estatutos dos templários, imitando a ordem de São Benedito, porém os cavalheiros não eram religiosos, quebrando em pouco tempo todos os votos, incluindo os de pobreza e castidade. Um grande número de burgueses se alistou na ordem, e a religiosidade acabou cedendo lugar ao orgulho, avidez, luxúria, mas sem jamais deixar de defender o papado que lhes deu total liberdade. Após uma série de lutas e andanças, Hugo de Payns e mais oito cavalheiros descobriram, nas ruinas do Templo de Salomão, uma passagem secreta só conhecida pelos iniciados nos mistérios hebraicos. Resolveram tentar entrar. Se fosse simples curiosidade, poderiam morrer. Mas resolveram levar a sério e assim que a porta se abriu, encontraram, entre estranhas figuras(estátuas e estatuetas), no lado direito, um trono encoberto de seda e sobre o trono um triângulo com as inscrições hebraicas YOD. A soma da inscrição é oito, a continuação da verdade eterna. A letra Y representa várias idéias e serve de secreta resposta a várias perguntas. A letra D significa a Divindade, letra delta, e representa o triângulo - a mais simples das formas geográficas perfeitas. Junto aos degraus do trono estava a "Lei Sagrada", que se presumia ser a vontade de Yaveh transmitida ao patriarca Abrahão. Após lerem a "Lei Sagrada", refletiram diante da tal cenário e perceberam que tinham em mãos tudo o que simbolizava a Matriz da Natureza e a ressureição, guardando o germe da criação. Recolhidos a sua nova descoberta, os "pobres cavalheiros de Cristo" prestaram juramento, já com a chave interpretativa de todas as figuras do Templo, inspirados na Qabalah e na Lei Sagrada.Em 1129, quando Hugo Payns se paresenta frente ao Concílio de Troyes, na qualidade de primeiro grão-mestre da Ordem do Templo, a idéia já não era mais uma sujeição da Igreja, mas obediência a Deus. Prova disto era a inscrição do estandarte negro da ordem: "Non nobis, Domine, sed nomini tuo ad gloria". Em pouco tempo, as fileiras dos templários tornaram-na a mais forte das sociedades secretas do século XII - já com divisão em classes: sacerdotes, cavalheiros, escudeiros, leigos e soldados. A iniciação baseava-se na interpretação dos símbolos de Salomão. Com o passar dos acontecimentos, a Ordem se tornou tão poderosa a ponto da Igreja "cerrar" os olhos e compartilhar os benefícios que a riqueza dos templários proporcionava.Até mesmo a interpretação "profana" da comunicação com o sobrenatural ou espírita foi "engolida" pela igreja, que sendo contra o espiritismo, passou a ver a ressureição de Cristo de forma mais natural dentro da doutrina de comunicação com o além. O poder financeiro dos templários vencia fácil as opiniões contrárias. Os templários proferiam um culto baseado na síntese de várias filosofias e instituiram sete graus de iniciação - três elementares, três filosóficos e um cabalístico, denominados: Adepto, Companheiro, Mestre Perfeito, Cavaleiro da Cruz, Intendente da Caverna Sagrada, Cavaleiro do Oriente e Grande Pontíficie da Montanha Sagrada. A CAverna Sagrada era o local onde se reuniam e tinha forma de quadrilátero. O Oriente representava a Primavera, o Ar, a Infância e a Madrugada; o Meio-Dia (Sul) o Estio, o Fogo e a Idade Adulta; o Ocidente a Água, o Outono o Anoitecer; o Norte a Terra, o Inverno a Noite - eram quatro fases da existência. O Fogo do Meio-Dia simbolizava a regeneração e a renovação. A chama consumia todas as misérias humanas e das cinzas purificadas, saia a nova matéria, isenta de impurezas. No Oriente, o Ar da Madrugada aflorava esta nova matéria, dando-lhe o clima de Primavera. Depois vinha o Outono, o anoitecer da ida, em que a Água do Ocidente alimentava os últimos vestígios da existência e finalmente o Norte, que marca o ocaso da vida. A Terra coberta de neve, imobilizada pelo Inverno e pela Noite fria, derrotando a fragilidade humana. O Grande Pontíficie da Montanha Sagrada empunha o Martelo da Sabedoria e toma lugar no Oriente. Em cada clima há grupos de Mestres Perfeitos. No centro do Templo, num pedestal que se eleva por três degraus está a grande figura do Baphomet, símbolo da reunião de todas as forças dos dosi princípios (masculino e feminino), como está no Livro da Criação. No peito da estranha e colossal figura, a Cruz de Cristo, Vermelha, que dava à Rosa Branca (símbolo da mulher) uma entonação que ia do alaranjado ao vermelho. Simbolicamente , é a vida que brota da união entre a força ativa, exuberante, positiva e a fragilidade, a delicadeza e a obediência passiva. Por cima da Cruz, a letra "G" simboliza a Geração. O ritual iniciático dos Templários foi passado através da Ordem do Santo Graal. A Ordem do Graal(Cavalaria Oculta do Santo Graal) era um sistema maçonico em andamento, que mesclava so princípios do Cristianismo com a idéia universal da Fraternidade Humana. O problema dos Templários não era o fundamento doutrinário nem religioso, mas sim o mundo material que os rodeava. A medida em que as riquezas se multiplicavam, foram se tornando agiotas dos reis, cobrando juros exorbitantes, alegando que sua fortuna foi conquistada a custa de muito sangue e assim foram perdendo a sensibilidade da moral, para em seguida tornarem-se beberrões e libertinos, justificando seus bacanais com a desculpa de que Salomão tinha um harém de belas mulheres e nem porisso deixou de levantar o templo mais famos em honra à divindade. Em suas missões pelo Oriente, começaram a misturar a doutrina cristã com ensinamentos muçulmanos e fazer com que tudo se resumisse aos seus rituais - daí a acusação de heresia que viria mais tarde do rei da França, apoiado pela Santa Igreja. No entanto, consideravam Deus como uma Deidade Una, pertencente a todos os povos e sistemas religiosos, sendo exemplo de absoluta bondade e amor. Mesmo assim, em 13 de outubro de 1307, Jacques de Molay e todos os templários da França foram presos pel orei em nome da Inquisição. Foram submetidos à torturas inúmeras, sendo obrigados a confessar seu repúdio à Cristo e a adoração à ídolos infâmes, como Baphomet (que seria a própria personificação do Diabo). Paralelamente, o rei (um dos maiores devedores de dinheiro à Ordem) já ia julgando-os a revelia, antecipando a Igreja e ao mesmo tempo se apossando de todos os bens dos templários(e quitando suas dívidas, é claro). Em 11 de março de 1314 Jacques de Molay pede uma audiência com os inquisidores, e quando todos pensavam que ele iria pedir perdão ao rei, fez o contrário. O Grão-mestre repudiou sua confissão sob tortura e disse estar preparado para morrer, rejeitando sua condição de réu e condenando o papa e o rei por complô contra a Ordem Templária, deixando claro saber das intenções materiais deles. Foi o suficiente para morrer na fogueira como herege, com o agravante de crime de lesa-majestade. Ato corajoso, mas que lhe custou a vida. Já na fogueira, pronunciou em praça pública suas últimas palavras: "Nekan, Adonay..." e intimou o papa e o rei a comparecerem perante Deus dentro de um ano. Curioso, mas um ano depois o papa e o rei morreram de um mal misterioso, comparecendo à Deus, conforme a intimação de Molay. O que restou da Ordem Templária está na maçonaria, que se proclama descendente espiritual da Ordem, embora alguns autores afirmem que esta transmissão se verificou por intermédio da Rosa-Cruz.

DRUIDAS

O druidismo é uma designação da doutrina mistico-religiosa praticada pelos Druídas, sacerdotes celtas que habitavam as florestas da Gália (França), as brumosas ilhas britânicas e parte da região da Irlanda. Estudavam as forças ocultas da natureza, como também os movimentos das estrelas. praticavam a cura pelas ervas, métodos de advinhação, entoavam cânticos e eram grandes poetas. Cultuavam a natureza e faziam cerimônias religiosas nos solstícios e equinócios sempre a céu aberto (não construíam templos). Não possuíam escrita e passavam a vida toda decorando suas leis e seus épicos. Elegiam dentro da família real o novo rei. Os futuros reis eram escolhidos entre os membros das classes superioras e possuíam 3 níveis ou graus de autoridade. O druidismo foi um belo sistema religioso celta, que até hoje possui seus seguidores.

GÊNESIS

"Enki soube que os seres humanos ao Ter acesso à árvore do conhecimento e da planta do nascimento, poderiam eles mesmos tornarem-se como deuses. Mesmo Jeová reconheceu isto e Gênesis indica que quando Adão comeu o fruto proibido Jeová disse: "o homem torna-se como um de nós." (Gen 3:22)
Enki o sábio, guardião da árvore do conhecimento , teve também um outro nome na tradição hebréia. Chamavam-no Sama-El, porque era o senhor designado de Sama na Mesopotâmia do Norte.
Os ensinos das antigas escolas de Mistério era muito específicas sobre as árvores da vida e do conhecimento e emularam os ensinos de Enki, ele mesmo. Diziam: nada é obtido simplesmente querendo e nada é conseguido abandonando a responsabilidade a uma autoridade mais elevada.
Os registros dos Sumérios relacionam que o filho de Caim, rei Etana usou a planta do nascimento para gera seu próprio filho, rei Baali - e a planta do nascimento foi associada diretamente à longevidade individual e relaciona-se à atividade da glândula Pineal; a essência pura de Anunnaki, o néctar de excelência suprema. Nesta consideração , o Anunnaki (planta do nascimento) "flor" (ou lírio) foi o corpo portador , o transmissor do alimento rico da Matriz (mãe). Foi chamada também a rosa de Sharon (da palavra Sha, significando a "órbita" e o ra da palavra, relacionando-se ao templo final "da luz".
A significação altamente venerável desta palavra é feita aparentemente na canção esotérica da bíblica de Salomão, que de forma messiânica proclama: "Eu sou a rosa de Sharon e o lírio dos Vales" (can 2:1)
Considerou Ter se tornado qualificado para rei quando alcançou um estado predestinado de lucidez de coinciência - um estado quando suas aptidões para a sabedoria e a liderança tinham sido realçadas - há um reino chamado Malkú. Era desta palavra Malkú Mesopotâmica que os Hebreus derivaram suas palavras malchus (rei) Malkhut (reino).
Somente em épocas muito recentes , médicos cientistas identificaram a secreção hormonal da glândula pineal, isolando em 1968 a melatonina , que significa "o trabalhador da noite" e que reage fortemente à luz. Pela virtude de seu condicionador corporal com a melatonina suplementar e outras secreçoes hormonais , considerava-se que estariam os príncipes na escuridão (noite) e ganharam sua consciência (luz), adquirindo potências acima do normal e a longevidade da estrela- o sangue lunar do fogo das rainhas do Anunnaki e das mulheres de escarlate.
A inquisição católica brutal da idade média perseguiram todos os chamados Heréticos que acreditaram no sangue messiânico real (o sangraal). Muitas das vítimas foram classificadas como ocultistas e bruxas que supostamente pertenceriam ao culto herético de Draco , príncipe da escuridão. Foram proclamados pelas autoridades da igreja como vampiros.
Já foi mencionado que o culto antigo egípcio do dragão há quatro mil anos é operativa até hoje.
Há alguns séculos atrás um proeminente chanceler da corte, era o príncipe Vlad III, da Transilvânia que construiu a cidade de Bucareste. É conhecido também como drácula "o filho de Dracul" - o nome por que seu pai era conhecido na corte - e assim, as escavações arqueológicas foram trazidas sob o controle estrito e os financiamento tiveram de ser aprovados pela Grã- Bretanha por autoridades recentemente designadas. Um destes, o fundo da exploração do Egito, foi estabelecido em 1891 e , na primeira página de seu memorando e artigos de associação indica-se que o objetivo do fundo é promover o trabalho de escavação com a finalidade de elucidar ou ilustrar as narrativas do VT. E que nós só seríamos informados (o público) se pudesse ser de encontro às velhas escrituras e , qualquer coisa que não suportasse as velhas escrituras , não seríamos informados.
Uma descoberta importante bíblica é a Phoenix e da pedra de fogo. Dentro do livro de Exodus , uma montanha bíblica significativa é nomeada na península do Sinai - o monte de terra triangular que se encontra acima do mar vermelho entre o golfo de Suez e o golfo de Aqabah. No VT é chamado Monte Horeb e a seguir é chamada Sinai. Foi nela que Moisés viu o arbusto ardente e recebeu os dez mandamentos.
Não havia nenhuma montanha com esse nome até 300 d.C. O VT é uma tradução de um trecho hebreu compilado há 1000 anos.
O Monte Sinai hoje fica no sul da Península e seu nome foi dado por monges cristãos 1700 anos após Moisés. Existe lá o Monastério de Santa Catarina.
Seria este o monte de Moisés?
O livro de Exodus explica alguma rota feita por Moisés a partir do delta do Nilo, seguindo as regiões selvagens de Shur e Paran à terra de Midian (norte do Jordão até hoje). Horeb significa deserto e a montanha que fica próximo a essa rota , tem 2600 pés e fica onde hoje é chamado "Serábit" ou Serábit El-Khâdim.
Em 1890, o britãnico Willian Flinders Petrie, Egiptólogo, professor da universidade de Londres, fez uma expedição no Sinai. Publicou os seus resultados mais adicionou a seu relatório o fato que esta informação não seria disponível oficialmente a todos, e que receberiam apenas os mapas e um esboço geral. E , depois não quis mais retornar as pesquisas.
L. Gardner questiona se Petrie tinha descoberto o grande segredo da montanha sagrada de Moisés.
Baseados nos achados arqueológicos de Flinders Petrie, sabe-se que foi encontrado um laboratório alquimista , onde o ouro era derretido por vários processos para produzir o pó, , conhecido como "estrela de fogo" (Starfire)
Acreditava-se que a ingestão de certa quantidade deste pó, alimentava faraós e dava-lhes propriedades mentais , aumentando suas propriedades, pensa-se que estimularia a glândula pineal que é associado por sua vez ao 3° olho.
Os ocultistas costumam instalar-se em locais de forças eletromagnéticas e harmônicas (Rennes, Carnac, etc.)

OS CÁTAROS

Nos meados do século XII iniciou-se na Itália um movimento religioso denominado os Cátaros ( ou Albigenses), numa reação a Igreja Católica e suas práticas como a venda de indulgências e a soberba vida dos padres e bispos da época. Com medo da repressão da Igreja, os Cátaros mantiveram sua fé em segredo, porém em pouco tempo esta seita atraiu muitos seguidores. Cresceram bastante no sul da França e se estenderam a região do Flandres e da Catalunha, funcionaram abertamente com a proteção dos poderosos senhores feudais, capazes de desafiar até mesmo o Papa.
A doutrina dos cátaros eram nitidamente diferentes da Igreja Católica, eles eram extremamente radicais e dualistas como os maniqueistas, acreditavam que a salvação vinha em seguir o exemplo da vida de Jesus, negavam que o mundo físico imperfeito pudesse ser obra de Deus, acreditavam ser o mundo criação do príncipe das trevas, rejeitavam a versão bíblica da criação do mundo e todo o antigo testamento, acreditavam na reencarnação, não aceitavam a cruz, a confissão e todos os ornamentos religiosos.
Realizavam cerimônias de iniciação e suas cerimônias eram muito simples, consistia basicamente em um sermão breve, uma benção e uma oração ao Senhor, essa simplicidade influenciou posteriormente uma gama de seguimentos protestantes. Possuíam duas classes ou graus.
Os leigos eram conhecidos como crentes, e a esses não eram exigidos seguir suas regras de abstinência reservada aos perfecti, ou bonhomes eleitos, que formavam a mais alta hierarquia do catarismo. Para ser um perfecti tinham que tanto homem quanto mulher, passar por um período de provas nunca inferior a 2 anos, e durante esse tempo, faziam a renúncia de todos os bens terrenos, abstinham de carne e vinho, não poderiam Ter contato com o sexo oposto, e nem dormirem nus. Depois deste período o candidato recebia sua iniciação conhecida com o nome de Consolamentum que era realizada em público. Essa cerimônia parecia com o batismo e continha também uma confirmação e uma ordenação.
A Igreja Católica fez tudo para combater a expansão do catarismo, chegando ao ponto de em 1209 fazer uma cruzada contra os cátaros, que com cerca de 20.000 cavaleiros os massacraram, durante 40 anos. Muitos morreram torturados ou na fogueira.
Perguntado sobre como distinguir entre os hereges e os católicos, o legado papal respondeu: "Matem-nos a todos. Deus se encarregará dos seus".

A HISTÓRIA OCULTA DE JESUS E A LINHAGEM SAGRADA

Os antigos líderes cristãos da Igreja, adotaram as escrituras e os ensinos que obscureceriam a verdade sobre a linhagem real de Jesus.
Sabe-se que Maria Madalena estava grávida de 3 meses quando Jesus foi crucificado, consequentemente seu filho deve Ter nascido em setembro.
Nessa época, os casamentos dinásticos deveriam ser consumados em dezembro, pois setembro era um mês sagrado para os judeus e os filhos deveriam nascer nessa época. Certamente era esta linha que os próprios pais de Jesus (José e Maria), eles mesmos tinham quebrado (Jesus nasceu em 6 de janeiro) e esta foi a razão porque os judeus ficaram divididos a respeito, se Jesus era, de fato, seu Messias verdadeiro. Quando uma criança considerada dinástica era concebida na época errada do ano, a mãe era colocada geralmente sob custódia monástica para evitar o embaraçamento público e Mateus indica claramente que quando Maria ficou grávida, José, seu marido, sendo um homem justo e não querendo fazer-lhe um constrangimento público, ocupou-se em afastá-la. (Mateus 1:18,19).
Neste exemplo, a dispensa especial para o nascimento foi concedido pelo arcanjo Simão , que nesse tempo foi distinguido com o nome de "Gabriel" , sendo o prior angélico no cargo. Os Manuscritos do Mar Morto e o Livro de Enouch (que foram excluídos do VT) detalham que arcanjos ou embaixadores principais eram os grão-mestres senior em Qurãn, retendo os títulos tradicionais de "Miguel , Rafael e Gabriel".
"trechos extraídos do livro de Laurence Gardner e Bloodline do Grail Holy e Messianic Bloodline".
Investiga-se a genealogia de Jesus até os nossos tempos. Também compara o NT com os arquivos romanos e judaicos. Nessa consideração, ele detalha como a igreja corrompeu e manipulou os registros para servir suas próprias agendas políticas.
Apesar da doutrina católica informar que Jesus era filho de uma virgem e filho de Deus, (veja o site Rennés Le Chateau) definições que não caracterizou nos textos originais pré-romanos no NT, Lucas e Mateus enfatiza a linhagem e descendência de Jesus , de Davi , de Israel e dos reis de Judah.
A Palestina pertencia ao império romano e César tinha em seu comando , Heródes, que por sua vez dominava o local , porém obedecia a César.
Um rei descendente dos reis de Israel e Judah , poderia ser mantido em sigilo pela Ordem de Melquideseque que mesmo Abraão pertencia. E sempre segundo as linhagens , pois também Salomão pertencia para que, numa época propicia , ele pudesse reinar. Seria um expectativa não muito delirante, considerando que o povo aspirava por um rei sacerdote.
A bíblia explica que a história da linhagem começou com Adão e Eva, cujo filho Seth evoluiu numa linha que gerou Matusalém e Noé , Abraão que se transformou no patriarca da nação hebréia e que levou sua família do Oeste da Menopotâmia (hoje Iraque) até a terra de Canaã (Palestina). De onde alguns de seus descendentes foram levados para o Egito. Após algumas gerações retornaram além Jordão, conduzidos por Moisés e através do tempo , Davi (de Belém) assentou seu reino onde hoje é Israel. Sabemos que Davi pertence a tribo de Judah e que antes dele era Saul, da tribo dos Benjamitas, que era o rei. Davi usurpou o trono Benjamita (o que fez graves discórdias até os dias de hoje.)
Visto conforme está apresentado nas escrituras este relato é uma saga fascinante , mas não há nada em qualquer lugar que indique porque a linha ancestral de Davi e seus descendentes seriam tão especial. O fato é o inverso. Seus antepassados viviam vagueando por territórios sem nenhum significado particular até a época do rei Davi. O relato bíblico não carrega nenhuma comparação, por exemplo dos Faraós contemporâneos do Egito antigo. Seu significado vem do fato que , na época de Abraão , foram designados como "povo escolhido por Deus" porém , não há relatos desse povo Ter algum brilhantismo; pelo contrário , fome, guerra, escravidão, sucessivamente.
Mediante isso , L. Gardner coloca duas possibilidades: ou Davi não era desta sucessão de Abraão ou nos apresentaram uma versão muito corrompida da história Hebréia. Uma versão que fosse projetada especificamente para a fé Judáica emergente.
Os Evangelhos foram compilados 400 d.C. pelos bispos para suportar a opinião cristã e adaptá-la à Roma.
E se os escritores Judeus fizeram previamente exatamente a mesma coisa?
Procurando sistematicamente no VT os mais antigos relatos a fim de encontrar todas as anomalias. O problema era que, eles mesmo foram escritos nos primeiros século a.C. (vide site Manuscritos do Mar Morto) assim, não era provável ser autêntico em seu dizer, da história milhares de anos antes. E , foram escritos com a finalidade expressa de orientar-se com os princípios da fé judaica.

ESTUDOS DAS SOCIEDADES SECRETAS

CABALA

(Alguns trechos extraídos do "A Chave dos Grandes Mistérios", por Eliphas Levi, de Acordo com Henoch, Hermes Trimegisto e Salomão. /chave absoluta das ciências ocultas dadas por Guilherme Postel e completado por Eliphas Levi.
"Todo saber é o sonho do impossível, mas ai de quem não ousa aprender tudo e não sabe que para aprender alguma coisa, é preciso resignar-se e estudar sempre! Dizem que para bem aprender é preciso esquecer várias vezes..."
Existe um alfabeto oculto e sagrado que os hebreus atribuem a Henoch, os Egípcios a Tot ou a Trimegisto, os gregos, a Cadmo e a Palamédio. Esse alfabeto, conhecido pelos Pitagóricos, compõe-se de idéias absolutas ligadas a signos e a números e realiza, por suas combinações, as matemáticas do pensamento. Salomão havia representado esse alfabeto por 72 nomes escritos em trinta e dois talismãs e é o que os iniciados do Oriente denominam ainda de "as pequenas chaves ou clavículas de Salomão". Essas chaves são descritas e seu uso é explicado num livro cujo dogma tradicional remonta ao patriarca Abraão, é o Sopher Yétsinah que penetra o sentido oculto de Zohar, o grande livro dogmático da Cabala dos hebreus.
A necessidade de crer liga-se estreitamente à necessidade de amar. É por isso que as almas têm necessidade de comungar com as mesmas esperanças e com o mesmo amor. As crenças isoladas não passam de dúvidas.
A fé não se inventa, não se impõe, não se estabelece por convicção política; manifesta-se, como a vida, com uma espécie de fatalidade.
Tudo o que eleva o homem acima do animal, o amor moral, a abnegação, a honra são sentimentos essencialmente religiosos. As instituições como o lar, a pátria, se degradariam completamente e não saberiam existir, uma crença em alguma coisa maior do que a vida mortal, com todas as suas vicissitudes, suas ignorâncias e suas misérias.
A essência do objeto religioso é o mistério, uma vez que a fé começa no desconhecido e abandona todo o resto às investigações da ciência.
Mas para que o ato de não seja um ato de loucura, a razão quer que ele seja dirigido e regulado. Chega-se então a uma dupla definição; a verdadeira religião natural é a religião revelada, acima das discussões humanas pela comunhão da fé, da esperança e da caridade. Não há religião sem mistérios e nem mistérios sem símbolos.
Metáforas não deveriam ser confundidas com realidade nem fé com história.
O símbolo é a forma de expressão do mistério, ele só exprime sua profundidade desconhecida por imagens paradoxais emprestadas do conhecido.
Crer e saber são dois termos que nunca se podem confundir.
Ousemos apenas confirmar que existe um fato imenso, igualmente apreciável pela fé e pela ciência, um fato que torna Deus visível de algum modo sobre a terra, um fato incontestável e de alcance universal; esse fato é a manifestação no mundo, a partir da época em que começa a revelação cristã, de um espírito evidentemente divino, mais positivo que a ciência em suas obras, mais magnificamente ideal em suas aspirações que a mais elevada poesia, um espírito para o qual era preciso criar um nome novo e que é, tanto para a ciência quanto para a fé, a expressão do absoluto; a palavra é caridade e o espírito de que falamos é o espírito da caridade.
Diante da caridade, a fé e a ciência inclinam-se vencidas. Ela, por si só, leva à compreensão de Deus porque contém uma revelação inteira.

A UNIDADE

Para os iniciados da cabala, Deus é a unidade absoluta. A unidade da inteligência humana, demonstra a unidade de Deus.
As matemáticas não poderiam demonstrar a fatalidade cega, uma vez que são a expressão da exatidão que é o caráter da mais suprema razão.
Na cabala, a unidade é , o princípio, a síntese dos números, é a idéia de Deus e do homem, é a aliança da razão e da fé. A fé não pode ser oposta à razão, é exigida pelo amor, é idêntica à esperança. Amar , acreditar e esperar, e esse triplo ímpeto da alma é chamado virtude, porque é preciso coragem para realiza-la.
A analogia era o dogma único dos antigos magos. Dogma verdadeiramente mediador, pois é metade científico, metade hipotético, metade razão e metade poesia.

O BINÁRIO

É o número feminino, o yin. Diz a parábola celeste: "A mulher está antes dos homens, porque é mãe e tudo lhe é perdoado de antemão porque dá a luz com dor"

O TERNÁRIO

É o número da criação.

O QUATERNÁRIO

É o número da força. É o ternário completado por seu produto, o homem. E quando o homem compreender sua essência quaternária, em união com a criação, terá a liberdade. O anjo da liberdade nasceu antes da aurora do primeiro dia antes mesmo de despertar a inteligência, e Deus o denomina estrela da manhã. "Ó Lúcifer, tu te desligaste voluntária e desdenhosamente do céu onde o sol te inundava com sua claridade, para com sulcar teus próprios raios os campos agrestes da noite. Brilhas quando o sol se põe e teu olhar resplandecente precede o nascer do dia. Cais para de novo levantar, experimentas a morte para melhor conhecer a vida. És, para antigas do mundo, a estrela da noite; para a verdade renascente, a bela estrela da manhã! A liberdade não é a licença (libertinagem); a licença é a tirania. A liberdade é a guardiã do dever, porque ela reivindica o direito. Lúcifer, cujas idades das trevas fizeram o gênio do mal, será verdadeiramente o anjo da luz (tradução da palavra Lúcifer) quando, tendo conquistado a liberdade ao preço da reprovação fizer uso dela para se submeter a ordem eterna, inaugurando assim as glórias da obediência voluntária. O direito é apenas a raiz do dever, é preciso possuir para dar".
Eis como uma elevada poesia explica a queda dos anjos.
"Deus tinha dado aos espíritos a luz e a vida, depois lhe disse: Amai. - O que é amar?, responderam os espíritos. -Amar é dar-se aos outros, respondeu Deus. -Os que amarem sofrerão, mas serão amados.
-Temos o direito de não dar nada, e nada queremos sofrer, disseram os espíritos inimigos do Amor. -Estais em vosso direito, respondeu Deus -apartai! Os meus querem sofrer e morrer, mesmo para amar. É o dever! "
O anjo caído é aquele que recusou amar; não ama, e é todo seu suplício; não dá, e é toda sua miséria; não sofre, e é seu nada; não morre, e é seu exílio. O anjo caído não é Lúcifer, a estrela da manhã, o porta-luz, é satã, o caluniador do amor.
Ser rico é dar; não dar é ser pobre; viver é a harmonia dos sentimentos gerais; o inferno é o conflito dos instintos carnais. O dever é obrigação, o direito é egoísmo; O dever é amor, o direito é o ódio; O dever é a vida infinita o direito é a morte.
Essa alegoria semita indica a função quaternária.

O QUINÁRIO

È o número religioso. A fé não é a credulidade estúpida da ignorância maravilhada. A fé é a consciência e a confiança do amor.
A fé não consiste na confirmação deste com aquele símbolo, mas na aspiração verdadeira e constante às verdades veladas por todos os simbolismos.
Os perseguidores da Roma decaída também chamavam os primeiros cristãos de ateus porque não adoravam os ídolos de Calígula ou de Nero.
A fé é um sentimento comum a toda humanidade. O homem que se isola de todo amor humano ao dizer: Eu servirei a Deus, este se engana. Pois diz o apóstolo João: "Se ele não ama ao próximo que vê, como amará a Deus que não vê?

O SENÁRIO

É o número da iniciação pela prova. É o número do equilíbrio. É o código da ciência do bem e do mal.

O SETENÁRIO

É o grande número bíblico. É a chave da história de Moisés e o símbolo de toda a religião. O Cristo é o dever real que protesta contra o direito imaginário. É a emancipação do espírito que quebra as algemas da carne. É a devoção revoltada contra o egoísmo.

O OCTONÁRIO

É o número da reação e da justiça equilibrante. Toda ação produz uma reação. É a lei universal. O cristianismo produz o anticristianismo. O anticristo é a sombra , o contraste e a prova de Cristo.
Os protestantes disseram: o anticristo é o Papa. O Papa respondeu: Todo herege é anticristo. O anticristo é o espírito oposto ao Cristo. Quem é então o anticristo?
"É a usurpação do direito, o orgulho da dominação e o despotismo do pensamento. É o egoísmo pretensamente religioso de alguns protestantes da mesma maneira que a ignorância crédula e imperiosa dos maus católicos. É o que divide o homem ao invés de os unir, o desejo ímpio de se apropriar da verdade e dela excluir os outros, que condena e amaldiçoa ao invés de salvar e abençoar. É o fanatismo odioso que desencoraja a boa vontade.

O NÚMERO NOVE

É o eremita do tarot; eis o número dos iniciados e dos profetas.
Os profetas são solitários pois o seu destino é, na maioria, nunca serem ouvidos. Vêem muito mais do que os outros.
O Salvador disse à samaritana: "Mulher, em verdade vos digo que virá o tempo em que os homens não adorarão mais a Deus, nem em Jerusalém, nem sobre esta montanha, pois Deus é espírito, e seus verdadeiros adoradores devem servi-lo em espírito e em verdade.

O NÚMERO DEZ

O número absoluto da cabala. A chave dos sefirotes (Ver o "Dogma e Ritual da Alta Magia)
Substância una que é céu e terra, conforma seus graus de polarização, sutil ou fixa. Hermes Trimegisto chama de grande Telesma. Quando produz o esplendor, ela demonstra-se luz. É essa substância que Deus cria antes de todas as coisas, quando diz: "Fiat Lux" (Faça-se a luz)
É simultaneamente substância e movimento, fluido e vibração perpétua. A força que a põe em movimento denomina-se magnetismo. No infinito, é a luz etérea (ou força eletromagnética). Nos astros é a luz astral; nos seres é o fluido magnético; no homem, forma o corpo astral ou mediador plástico. A vontade dos seres inteligentes age diretamente sobre essa luz e, por meio dela, sobre toda natureza submetida às modificações da inteligência; é o meio pelo qual os magos fazem a maioria dos trabalhos.
Essa luz é o espelho comum de todas as formas e pensamentos; guarda as imagens de tudo que foi, os reflexos dos mundos passados, e por analogia, os esboços dos mundos futuros. É o instrumento da taumaturgia e da adivinhação.
Conhecida por Hermes e Pitágoras, Sinésio e Platão, escola da Alexandria, Mesmer etc.
É essa substância primeira que se designa na narrativa hierática do Gênesis, quando o verbo dos Eloim faz a luz ordenando-lhe que seja. Eloim diz: "Que seja a luz, e a luz foi". Essa luz, cujo nome hebreu é rut, or, é o ouro fluido e vivo da filosofia hermética. Seu princípio positivo é o enxofre; o negativo, o mercúrio e seu equilíbrio é denominado seu sal.
Mesmer informa que nosso corpo astral ou mediador plástico é um imã que atrai ou repele a luz astral astral sob a pressão da vontade. É um corpo luminoso que reproduz com a maior facilidade as formas correspondentes às idéias. Até sob o exercício da vontade.
Nossos corpos fluidicos atraem-se ou repelem-se uns aos outros, segundo leis consoantes à elasticidade. É o que produz simpatias a as antipatias instintivas.

O NÚMERO ONZE

É o número da força; da luta e do martírio.
Todo homem que morre por uma idéia é um mártir, pois nele, as aspirações do espírito triunfaram sobre os temores da carne. Todo homem que morre na guerra é um mártir pois morre pelos outros.
Os que morrem pelo direito são tão bons em seus sacrifícios quanto às vítimas do dever e, nas lutas da revolução, os mártires caem dos dois lados.
Sendo o direito a raiz do dever, nosso dever é defender nossos direitos. O crime é o exagero de um direito. O assassínio e o roubo são negações da sociedade; é o despotismo isolado de um indivíduo que usurpa o governo e a sociedade e faz guerra por sua conta e risco.
Quem não for irrepreensível é cúmplice do todo mal, e quem não for absolutamente perverso pode participar de todo bem.

O NÚMERO DOZE

É o número cíclico; do símbolo universal.

O NÚMERO TREZE

É o número da morte e do renascimento, da propriedade, da herança, sociedade, família, guerras e tratados.
As sociedades têm por base a troca do direito, do dever e da fé mútua. O direito é a propriedade; a troca, a necessidade; a boa fé, o dever.

O NÚMERO CATORZE

É o número da fusão, da associação e da unidade universal.

O NÚMERO QUINZE

É o número do antagonismo.
O cristianismo agora divide-se em Igrejas civilizadoras ou bárbaras; progressistas ou estacionárias; ativas ou passivas ; as que condenam e as que se submetem.

O NÚMERO DESESSEIS

É o número do templo

O NÚMERO DESSSETE

É o número da estrela, da inteligência e do amor.

O NÚMERO DEZOITO

É o do dogma religioso, que é todo poesia e todo mistério.
Jesus, que foi o último e o mais sublime dos arcanos, a última palavra de todas as iniciações, sabia que não seria compreendido a princípio e disse: " Não suportaríeis agora toda a luz da minha doutrina; mas, quando se manifestar o Espírito da Verdade, ele vos ensinará todas as coisas e explicará o sentido do que eu vos disse."

O NÚMERO DEZENOVE

É o número da luz
É a existência de Deus provada pela própria idéia de Deus.
A afirmação do ateísmo é o dogma da noite eterna; a afirmação de Deus é o dogma da luz.

OS NÚMEROS VINTE, VINTE E UM E VINTE DOIS

Embora o alfabeto sagrado tenha 22 letras; as dezenove primeiras são a chave da teologia oculta. As outras são as chaves da natureza. O grande agente mágico. Substâncias propagada no infinito que é a décima chave do tarot.
Separar a religião da superstição e do fanatismo
A superstição, da palavra latina superstes, sobrevivente, é o símbolo que sobreviveu à idéia, á a forma preferida à coisa, é o ritual sem razão, é a fé tornada insensata, por que se isola. E, por conseguinte, o cadáver da religião, a morte da vida, é a inspiração substituída pelo embrutecimento. O fanatismo é a superstição apaixonada, seu nome vem da palavra fanum, que significa templo, é o templo colocado no lugar de Deus, é a honra do sacerdote substituída pelo interesse humano e temporal do padre, é a paixão miserável do homem explorando a fé do crente.
Além da superstição e do fanatismo, há também a paixão; outro exagero que denota desequilíbrio. Há dois amores, o do coração e o da mente.
Apenas a sabedoria é livre, as paixões desordenadas são o domínio da loucura, e a loucura é a fatalidade. O que dissemos do amor pode-se dizer também da religião, que é o mais poderoso e o mais inebriante dos amores. A paixão religiosa também tem seus excessos e suas reações fatais. Pode-se Ter êxtases e estigmas e sair, em seguida em abismos de devassidão e impiedade.

A verdadeira magia

A verdadeira magia, isto é, a ciência tradicional dos magos, é inimiga mortal dos encantadores; ela impede ou faz cessar os falsos milagres, hostis a luz e fascinadores de um pequeno número de testemunhas despreparadas ou crédulas. A desordem aparente nas leis da natureza é uma mentira; não é, pois, uma maravilha. A maravilha verdadeira, o verdadeiro prodígio sempre resplandecente aos olhos de todos é a harmonia sempre constante dos efeitos e das causas, são os esplendores da ordem eterna!
Foi a alta magia que, apoiando o universo sobre as duas colunas de Hermes e Salomão, dividiu o mundo metafísico em duas zonas intelectuais, uma branca e luminosa encerrando as idéias positivas, a outra negra e obscura contendo as idéias negativas, e que deu à noção sintética da primeira o nome de Deus, à síntese da outra, o nome de Satã.
O diabo é o uso abusivo de uma força natural; não é nenhuma pessoa nem uma força; é um vício e, por conseguinte, uma fraqueza. O inferno não é um lugar, é um estado.
Existe um poder gerador das formas, que cria segundo as leis das matemáticas eternas, pelo equilíbrio universal. Os signos primitivos do pensamento, delineiam-se por si só na luz, que é o instrumento material do pensamento. Deus é a alma da luz. A luz universal e infinita é para nós como o corpo de Deus. A cabala ou a alta magia é a ciência da luz
Todos os mistérios por meio das chaves da magia cabalística, são encontradas as idéias de antagonismo e harmonia (antíteses) produzindo uma noção tributária na concepção divina, depois a personificação mitológica dos quatro pontos cardeais do céu, completa o setentrião sagrado, base de todos os dogmas e rituais. A reforma religiosa de Moisés era inteiramente cabalística, e que o cristianismo, no instituir um dogma novo, simplesmente reaproximou-se das fontes primitivas do mosaísmo, e que o Evangelho não é mais que um véu transparente lançado sobre os mistérios universais e naturais da iniciação oriental.
Na cabala hebraica, o verbo ou a palavra, segundo os iniciados dessa ciência, é toda a revelação, os princípios da alta cabala que devem se encontrar reunidos nos próprios sinais que compõem o alfabeto primitivo.

Alquimia

A alquimia, precursora da química e da medicina, foi a ciência principal da idade média. A busca da pedra filosofal e da capacidade de transmutação dos metais, incluía não só as experiências químicas, mas também uma série de rituais. A filosofia Hermética era um dos seus alicerces, assim também como partes de Cabala e da Magia.
Ao longo do tempo, diversos alquimistas descobriram que a verdadeira transmutação ocorria no próprio homem, numa espécie de Alquimia da Alma; diversos outros permaneceram na busca sem sucesso do processo de transformações de metais menos nobres em ouro; afirma-se que alguns mestres atingiram seus objetivos.
A alquimia também preocupava-se com a Cosmogonia do Universo, com a astrologia e a matemática. Os escritos alquímicos, constituíam-se muitas vezes, de modo codificado ou dissimulado, daí, talvez a conotação dada ao termo hermético ( fechada), acessível apenas para os iniciados.

OS TEMPLÁRIOS NA ATUALIDADE

tualmente, os Templários estão presentes em diversos países, onde se dedicam à atividades em prol do bem-estar moral e material da civilização e progresso do ser humano. Propugnam a ajuda a orfanatos, o amparo à velhice e às crianças desamparadas, o estímulo moral e material às ciências e às artes em geral.
Sendo uma ordem de caráter ecumênico, não faz distinção de raça, credo, nacionalidade e de estirpe, respeitando em qualquer caso, as leis e as tradições de todos os povos e de todos os países por onde estende suas atividades.
Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo da Gloriam!
( Não por nós Senhor, não por nós, mas para a glória de Teu nome!).
O equipamento (atualmente apenas ritualístico) de combate é igual aos tradicionais cavaleiros, porém, não é admitido o uso de nenhuma marca, broche, símbolo ou emblema de identificação. Suas batas monásticas e cerimoniais são distintivas, com uma cruz alargada vermelha ( a cruz patté ou de malta) fixada sobre um fundo branco.
Sua bandeira é um céu preto em um campo branco ou a tão conhecida bandeira quadriculada ( usada para designar os vencedores em competições).
Os atuais Templários pertencem a um grupo cauteloso e fechado, que após a amarga experiência de princípios do século XIV, costumam manter-se herméticos. São pessoas que dão muita importância à investigação e pesquisa.
Dezenas de grupos que se denominam descendentes dos Templários de Origem, na verdade não o são.
Quase todos os Templários são obcecados pelo conhecimento; sendo este, considerados como primários para o desenvolvimento da habilidade de pesquisa.
Eles têm conceitos profissionais altamente educados. Cultivam o desenvolvimento intelectual, bem como o burocrático, investigativo. Lingüístico, legislativo e habilidades financeiras. Possuem também, fortes contatos, influências e recursos.

OS LUGARES SANTOS

VALLETA , MALTA (Hospitalares)

Entre suas características originais, possuía uma série de albergues (pousadas) , representando áreas da Europa , tais como Aragão , França, Alemanha, Provence, Castilha, Itália e Inglaterra. Na costa norte da ilha está a Bahia onde São Paulo Naufragou em sua tentativa de chegar em Roma.
A presença dos cavaleiros permanece, com várias estruturas e fortificações que comemoram locais com significado religioso; mas mais proeminente é a do castelo do mar de Sant’Angelo, o forte de St Elmo e o subúrbio cercado de vittoriosa , abrangendo dois promotórios que proveram um porto natural facilmente defendido. Todos esses pontos tornou-se a cidade de Valleta. A cidade foi nomeada em homenagem ao grão-mestre Jean de la Valette, veterano do ataque de Rhodes sendo considerado como o defensor próspero de malta contra os Turcos Otomanos. No chão de um quarto estão 375 tabletes (lajotas) de mármore , cada uma ricamente decorada e registrando as ações da Ordem. Este quarto é conhecido o mausoléu de cavalheirismo.
O grande hospital - contendo um dos quartos maiores em toda a Europa - é o ponto alto da construção médica hospitalária. o pupilo principal mede 185 pés de comprimento por 35 pés de largura, com 31pés de altura (pé direito). Construído por volta de 1570 e está atualmente desativado. Foram observados padrões rígidos de limpeza e higiene , pelos hospitalários, que cuidaram dos pacientes usando utensílios de prata para assegurar higiene, além de contarem com um corpo de cirurgiões da Ordem, considerados como os melhores e mais bem treinados de toda a Europa. A cidade foi tomada por Napoleão Bonaparte em 1798 sem resistência. Reduzidos a alguma propriedade de terra em edifício em Roma , os hospitalários buscaram consolo nas origens de sua Ordem e devolveram suas regras. Com o tempo, com o reaparecimento de seu poder e prestígio, foi devolvida a sua propriedade dentro de Valleta.

CASTELO DE MARIENBURG, POLÔNIA (Teutônicos)

A sede dos cavaleiros Teutônicos na Prússia Oriental (agora Polônia), castelo de Marienburg foi construído originalmente em 1276 pelo grão mestre Von Winrich Kniprode como uma fortaleza funcional e sua importância foi estratégica para o comando e sede dos Teutônicos por volta de 1309.
Como os cavaleiros ampliaram seus territórios e trouxeram paz para a área, o castelo tornou-se um magnífico hotel para os nobres visitantes e cavaleiros que quiseram tomar parte nas campanhas da Ordem.
Reformados completamente durante o 19 ° século, foi bombardeado pelos aliados que o reduziram a ruínas durante a Segunda guerra mundial.
O governo polonês devolveu o castelo aos Teutônicos como meio de restabelecer a tradição e manter o local histórico.

CAPELA DE ROSSLYN, ESCÓCIA (Templários)

Três milhas sul de Edinburg e sete milhas da antiga sede dos Templários, na Escócia, em Balantrodoch, está a aldeia chamada Rosslyn.
Empoleirado na extremidade de um desfiladeiro sobre a cidade encontramos a capela de Rosslyn - gotejando tão pesadamente com esculturas góticas, nórdicas e Célticas que parecem ser parte de algo maior. Esta era a intenção. Pretendia-se originalmente que a capela de Rosslyn fosse a capela da senhora , parte de uma estrutura maior que pretendeu ser a maior Catedral na Europa. A falta de capital e a necessidade de atenção em outro lugar (?) impediu a obra de ser completa.
O interior da capela que teve essas fundações iniciadas em 1446 , contém muitas imagens esculpidas além de padrões geométricos e símbolos que são muito populares entre os freemasons .

OS TEUTÔNICOS

Nome completo: A Ordem Sagrada dos Cavaleiros Teutônicos.
A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi fundada em 1900 por cruzados alemães na Palestina e foi reconhecida pelo Papa em 1199, instituída depois dos Cavaleiros Templários, e dos Hospitalários, restringiu a admissão à Ordem, apenas aos membros da Nobreza.
A nova Ordem, constituiu-se no principal grupo militar Alemão.
Em 1229, os Cavaleiros Teutônicos começaram uma cruzada para converter e pacificar eslavos pagãos da Prússia. Eles esmagaram os eslavos nativos e adotaram para si próprios, um estado de semideuses.
A forma impiedosa de combater os inimigos, rendeu aos Teutônicos a reputação de guerreiros malignos.
Os Cavaleiros Teutônicos tornaram-se cínicos, e acreditavam que a eliminação total do inimigo era o único meio de erradicar rapidamente o mal.
Para atingir seus objetivos, seu treinamento militar era supremo.
Vestidos para batalha, são iguais a todos os demais cavaleiros; em alguns casos um Teutônico pode Ter alguns suplementos opcionais alinhavados em seu vestuário, entretanto, normalmente, suas batas eram brancas e adornados com uma cruz preta simples.
Após as batalhas da Idade Média, durante vários séculos, um pequeno grupo de Teutônicos serviu em Viena como uma pequena chama que mantinha viva a Ordem; porém, agora que a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi restabelecida, eles readquiriram sua antiga sede no Castelo de Marienburg .
Os membros da Ordem são encarados pela população em geral, como pessoas normais que pertencem à uma Ordem semi clerical, dedicada ao trabalho de caridade; mas, segundo o autor, os membros da Ordem têm força para dobrar barras de ferro, o que os afasta da média da população.
Os Cavaleiros Teutônicos escolhem os seus sócios cuidadosamente, geralmente provenientes de polícias especiais os forças armadas de vários pontos ao redor do mundo. A maioria dos Cavaleiros Teutônicos vêm destes exércitos ou equipes da força policial. São muito reservados e raramente revelam sua identidade em público. Esta é a única Ordem que obriga os seus membros às antigas regras de não manter contatos familiares.
Os fundos financeiros deles são quase impossíveis de serem localizados, seus detalhes pessoais são protegidos até mesmo de Teutônicos da mesma categoria e suas habilidades de luta são cuidadosamente desenvolvidas.
Para pertencer à Ordem é necessário possuir muito bons atributos físicos e ser um excelente lutador. Sua fama é de possuírem um temperamento agressivo, e freqüentemente estão ansiosos para entrar numa briga.
Este tipo de atitude é interpretado pelos Hospitalários e Templários como puro instinto animal. As outras Ordens não apreciam o ódio e a preocupação com que os Teutônicos agem com os inimigos.
Os Teutônicos normalmente ficam frustrados com estratégias a longo prazo. Eles gastam a maior parte de suas vidas treinando para lutar e querem pôr todo o treinamento em prática rapidamente.
Tendem a serem difíceis de se dar socialmente. Repugnam o artifício ou as táticas sutis e acreditam na confrontação frente-a-frente como melhor tática de aproximação. Isto os conduziu freqüentemente, em desentendimentos com os Hospitalários e Templários.
As vezes os Teutônicos quando fora da Ordem, ignoram as instruções de seus próprios oficiais, se julgarem que a mesma é imprópria ou incorreta.
Os Cavaleiros Teutônicos são um exército e Ordem Religiosa Alemã, baseada nos Hospitalários e Templários. É a mais jovem das 3 Ordens militares, foram fundadas em 1190 como uma unidade de auxílio, por comerciantes alemães preocupados com os compatriotas sujeitos às doenças.
Os membros do grupo estabeleceram-se entre os integrantes do exército Cristão acampado fora do Acre.
Pouco depois, foi-lhes concedido terras para construir um hospital, e também um Estado Monástico. Os Teutônicos foram então, surpreendidos com a instrução do Papa Innocent III, para se tornarem uma Ordem Militar. O braço militar era baseado no modelo dos Cavaleiros Templários e o hospital nos Cavaleiros Hospitalários.
A Ordem dos Teutônicos não restringiu então, aos seus membros, a exigência de pertencer à nobreza alemã. Os únicos limites eram ser um homem livre e não estar casado. A Ordem geralmente usava um hábito branco com uma cruz preta.
Cada um dos doze Capítulos da Ordem , havia um líder conhecido como Komtur, significando o oficial da diligências. Quando um grão-mestre morria , todos os Komturs reuniam-se para eleger treze membros que , em troca , elegeria um novo grão-mestre. Os outros oficiais do comando (GrossKomtur) , eram: os Ordensmarshall, o Tressler (o tesoureiro) , os Spittler (hospitalários) e o Trapier (chefe de quartel). A Ordem nunca se distinguiu na Terra Santa. Não lutou nenhuma batalha famosa , nem desfrutou inicialmente a riqueza de apoio dada às outras Ordens. É parcialmente por causa dessa falta de apoio que permaneceu um movimento puramente germânico; fato este que logo direcionou seus interesses para própria Pátria. Em 1216, a Ordem perdeu a maioria dos seus cavaleiros e seu grão-mestre em ação na defesa da Terra Santa. A Ordem ficou em Acre até a queda do reino em finais do 13° século, quando os Teutônicos aumentaram gradativamente sua força nos Balcãs.
A Ordem ajudou o rei Andrew da Hungria nos meados de 1210, a desalojar os Kumans que estavam invadindo a Transilvânia. Outro que pediu ajuda à Ordem foi o Duque polaco Conrad de Masovia, que pediu para a Ordem proteção contra os pagãos que invadiam suas terras. A ordem era inumana em sua briga contra as tribos pagãs, até mesmo com pequenos contingentes de cavalarias eram praticamente invencíveis em face a qualquer inimigo. Os Teutônicos não tinham misericórdia. Qualquer homem , mulher ou criança conquistado tinha que se converter ou seriam executados. Os nativos tornaram-se servos da Ordem , controlados de uma série de fortalezas poderosas. Os domínios Teutônicos estenderam-se pelos Bálcãs da Polônia, pela Lituânia e Suécia.
Nos 100 anos seguintes eles estenderam seu domínio ao longo do Báltico do Golfo da Finlândia para as margens do Pomeranian. Os Teutônicos colonizaram a terra com alemãs e estabeleceram um governo central forte e com sede em Mariengburg Prússia.
Rebeliões nos anos 1.260 forçaram a Ordem em seus limites. Depois que vários castelos Balcãnicos e Acre caíram em finais do 13° século, os cavaleiros migraram a sede deles para Veneza. Os território perdido nos Bálcãs foi logo recapiturado. Os cavaleiros Teutônicos governaram a nova terra deles eficazmente. A maioria dos colonos achou estranho Ter que responder a assuntos financeiros a monges que não foram autorizados a possuir qualquer coisa, mas isto limitou a corrupção e permitiu que os negócios fossem operados com eficácia.
Durante princípios de 1.300, a Inquisição atacou os Templários e Teutônicos com as acusações de crueldade e bruxaria ; entretanto o teatro de operações dos Teutônicos (Prússia e Costa do Báltico) , colocou-os em segurança , além do alcance de qualquer autoridade que poderia agir contra eles.
As regras dos Teutônicos não era fácil. No 14° século aconteceram uma série de batalhas contínuas contra Lituanos; até 80 expedições ao todo com até sete em um ano. Os Teutônicos alcançaram o Cume do seu poder e reputação durante esse período, aparecendo então, algumas das melhores mentes militares da era.
Muitos membros da SS auto nomearam-se como cavaleiros da Ordem Militar.
A Ordem dos cavaleiros Teutônicos ainda existe na Áustria como uma organização semi-clerical, dedicada ao trabalho de caridade.

PRINCÍPIOS HISTÓRICOS

Os cavaleiros hospitalares pertencem à uma Ordem cuja poderosa documentação os torna oficiais, legais até os dias de hoje. Seus tradicionais rivais foram os Cavaleiros Templários. Sua estrutura básica é bastante parecida com a dos Templários, porém com maior enfoque em saúde e medicina.
A Ordem de Saint John, originou-se com o hospital dedicado a São João em Jerusalém, aproximadamente em 1070, trinta anos antes da primeira cruzada, por um grupo de comerciantes italianos que queriam cuidar dos peregrinos.
Foi constituída como uma Ordem aproximadamente em 1100, logo após a primeira cruzada , quando assumiu seu primeiro grão-mestre principal ( seu autor não cita o nome).
Por volta de 1126 porém, aproximadamente 8 anos depois dos Templários, publicamente, apareceram como "Os Cavaleiros de Saint John", começando a assumir um caráter crescentemente militar, que ficaria, com o tempo, mais proeminente que o próprio serviço de hospital para o qual tinham sido instituídos.
O autor cita aqui que em sua opinião, os Hospitalários podem Ter sido obrigados a adotar o braço combatente, por que os Templários não estavam fazendo o trabalho a eles destinados, dedicando-se a percorrer a Terra Santa, em busca de relíquias Santas, em vez de proteger os peregrinos.
Os Hospitalários, juntos com os Templários e Teutônicos, tornaram-se o exército principal e o poder financeiro da Terra Santa. Este poder expandiu-se ao longo do mediterrâneo.
Como os Templários, eles ficaram imensamente ricos. A Ordem desenvolveu-se em um exército vasto, organização eclesiástica e administrativa com centenas de cavaleiros, um exército parado, numerosos serviços secundários, uma cadeia de fortalezas e propriedades enormes de terras pelo mundo Cristão.
A ordem permaneceu verdadeira às suas origens e mantém até os dias atuais, hospitais atendidos por seus próprios cirurgiões e demais funcionários.
Em 1307, quando os Templários foram acusados de uma série de ofensas contra a ortodoxia católica, os Hospitalários conseguiram ficar imunes de qualquer estigma. Eles retiveram o favor do papado. Na Inglaterra e em outros lugares, ex-propriedades dos Templários foram devolvidas - impulsionando ainda mais suas riquezas. Depois de 1291, os Cavaleiros de São João retiraram-se para Chipre.
Em 1309 eles estabeleceram sua sede na Ilha de Rhodes que governaram como o principado privado. Eles ali permaneceram durante dois séculos e resistiram a dois ataques dos turcos.
Em 1522, um terceiro ataque os forçou a abandonar a ilha e em 1530 eles novamente estabeleceram-se em Malta.
Em 1565, Malta foi sitiada pelos turcos em uma tentativa ambiciosa para conquistar o Mediterrâneo. Em uma defesa épica, 541 cavaleiros Hospitalários e sargentos junto com 1500 soldados a pé e mercenários repeliram os repetidos ataques de 30000 inimigos.
A derrota histórica infligida aos turcos, destruiu seus planos de invasão. Seis anos depois, em 1571, a Frota da Ordem, junto com navios de guerra da Áustria, Itália e Espanha, ganharam batalha naval de Levanto e quebraram o poder marítimo turco. A frota dos Hospitalários foi premiada com créditos pelos afundamentos.
No 16o século eles eram ainda um exército supremo com poderes navais considerável no mundo Cristão, contando com força e recursos financeiros comparável à maioria das nações. Mas a reforma protestante tinha começado a quebrar a força na Europa Católica, e a própria Ordem viu-se fendida com novas convicções.
A Europa passou para uma idade nova de tolerância religiosa e mercantilismo.
Os cavaleiros ainda estavam em Malta em 1798, entretanto a Ordem havia transformado-se em apenas uma sombra do que eles eram. A Freemason tinha corroído as suas submissões católicas e quando Napoleão invadiu a ilha a caminho do Egito, os cavaleiros não ofereceram nenhuma resistência.
Quando Horatio Nelson recapturou as ilhas, os cavaleiros puderam ali restabelecer uma presença não oficial.
Em 1834, uma base oficial era estabelecida em Roma.
Uma vez mais dedicados ao hospital e ao trabalho, junto à saúde, os cavaleiros mantém sua fortaleza em Malta mas, não têm nenhum poder de governo. De maneira muito interessante, foi considerado seriamente a possibilidade de entregar Israel para os Hospitalários depois da Segunda Guerra Mundial.
Do ponto de vista de direitos internacionais, os Cavaleiros de Malta são encarados como um principado soberano independente, com a opção de um assento nas Nações Unidas (o qual eles nunca ocuparam)
Podem ser identificadas embaixadas na África e países americanos latinos com plenos privilégios diplomáticos.

OS HOSPITALÁRIOS

Os cavaleiros hospitalares de São João, Jerusalém, Rodhes e Malta.
Formados depois da primeira cruzada. A ordem dos Hospitalários dedicou-se originalmente à medicina, curando e provendo o repouso para os peregrinos.
Devido às contínuas invasões muçulmanas, os hospitalares adotaram a filosofia guerreira dos Templários e rapidamente dedicaram-se à defesa militar da cristandade. Porém, os cavaleiros hospitalares nunca esqueceram suas origens e sempre mantiveram hospitais para cuidar dos doentes e feridos.
Os hospitalares foram a única a sobreviver incólumes aos turbulentos séculos (ainda hoje a Ordem Hospitalária é atuante, com sede na ilha de Malta, no Mediterrâneo) em que atuaram.
Durante os últimos séculos, eles agiram freqüentemente em auxílio ao braço da espionagem do Vaticano.
A maioria das pessoas os vêem como dedicados à obras beneficientes especialmente em auxílio pelo mundo inteiro em serviço de ajuda a desastres.
Os membros desta ordem, aparecem em público normalmente muito bem vestidos. Como a maioria dos médicos, eles acreditam em padrões altos de limpeza e higiene. Seu uniforme cerimonial é negro com uma cruz branca (a cruz maltesa).
Ocasionalmente, os guerreiros monges mais antigos, usam batas vermelhas com a cruz maltesa branca. Desde que foram expulsos de sua sede na ilha de Malta em 1700, por Napoleão, os Hospitalários tiveram que contentar-se com uma propriedade pequena perto do Vaticano em Roma. Porém, foi permitido recentemente aos cavaleiros, reaverem seu castelo de Valletta; entretanto, o Maltês já não os aceita como senhores.
Os membros dessa Ordem são geralmente escolhidos entre os médicos, homens de ciência ou com tendência ao sacerdócio conforme comentamos acima, um braço dos Hospitalários foi fortemente envolvido na espionagem do Vaticano durante séculos. O autor levanta a suspeita de que ainda hajam membros da Ordem dedicados à esta tarefa. Esta é a Ordem mais tradicional ( do ponto de vista de submissão ao Papa) e coloca grande ênfase em religião e cerimônias religiosas. Como resultado, só são permitidas para as mulheres servir dentro da Ordem de uma maneira não combatente. Os Hospitalários têm um forte senso de justiça. Eles não auxiliarão nenhuma pessoa ou criatura que eles pensem que são más e isto os põem freqüentemente em conflito com os Templários e Teutônicos.

A ORDEM DE CRISTO

Conforme foi dito em outro capítulo, Felipe, o Belo, rei da França, junto com o Papa Clemente, dizimaram a fogo todos os templários que puderam e confiscaram todos os seus bens; e que houve um êxodo de templários para Portugal, Inglaterra, Irlanda etc.
Com a chegada dos templários em Portugal em 1307, D.Diniz os recebeu e funda a "Ordem de Cristo! Que recebeu em 1416 D. Infante de Sagres como grão-mestre. Conforme havíamos dito, os templários tinham os segredos da arquitetura e construíram prédios góticos. Também possuíam segredos de navegação e astronomia.
Parecia loucura para os europeus circunavegar a África e chegar às Índias, onde chegou via Coluna de Hércules às Américas, terra de Ofir, as naus Fenícias entre outras, séculos antes de Cristo.
Não havia conhecimento sobre navegar o hemisfério Sul, porque só o céu do Norte havia sido mapeado. Acreditava-se também que, no sul, os mares eram repletos de monstros terríveis.
De onde teria vindo a informação de que era possível encontrar um novo caminho para o Oriente?
Possivelmente dos templários que, durante as cruzadas, além de se especializarem no transporte marítimo de peregrinos para a Terra Santa, mantiveram intenso contato com os viajantes de toda a Ásia e segredos marítimos da Ordem do qual pertencia o rei Salomão.
Alguns historiadores tradicionais informam que a América foi visitada regularmente por Vikings e na época pré-cristã por egípcios, gregos, fenícios, cartagineses e celtas. Todas essas informações haviam sido catalogadas e guardadas por ocultistas famosos desde a época de Salomão, e isto é o mais longe que sabemos.
Fontes como a mitologia clássica, lendas indígenas e folclores marítimos sugerem estas visitas. Antes de Colombo, informa-se que o príncipe Henry Sinclair, cavaleiro do Templo de Salomão. Esses mesmos cavaleiros templários serviram de base para a Franco-Maçonaria Escocesa que herdaram seus segredos e mistérios.
A proposta visionária recebeu o aval do Papa MartinhoV, em 1418, na bula Sane Charissimus.
As terras tomada dos "infiéis" passariam à Ordem de Cristo, que teria sobre elas tanto o poder temporal, de administração civil, quanto o espiritual, isto é, o controle religioso e a cobrança de impostos eclesiásticos.
Em 1498, o cavaleiro Vasco da Gama conseguiria chegar às Índias. D. Henrique morreu em 1460, não assistindo portanto o seu triunfo.
E Portugal ia se tornando a maior potência marítima da terra.
A Escola de Sagres foi uma lenda criada por poetas românticos portugueses do século XIX. Na verdade, foi do porto de Lagos , no Sudoeste de Portugal que a Ordem de Cristo , liderada por D. Henrique deflagrou a expansão marítima do século XV.
A Ordem de Cristo , sendo prosseguimento da Ordem dos Templários tinham normas secretas e só conhecidas na totalidade pelo grão-mestre, podendo assim Ter interesses próprios. Ao entrar na companhia, o novato conhecia só uma parte das regras que o guiavam e , a medida em que era promovido , sempre em batalha, tinha acesso a mais conhecimento, reservados aos graus hierárquicos superiores. Rituais de iniciação marcavam as promoções. Foi essa estrutura que permitiu , mais tarde, à Ordem de Cristo manter secreto os conhecimentos de navegação do Atlântico.
Usavam a cruz vermelha em fundo branco nas naus portuguesas ; a mesma que a Ordem dos Templários usavam.
O castelo de Tomar virou a caixa-forte dos segredos que a inquisição não conseguiu arrancar. Até a metade do século XV, os cavaleiros saíram na frente sem esperar pelo Estado Português. Uma vez anunciada a colonização, eventualmente doavam à família real o domínio material dos territórios , mantendo o controle espiritual. A corte, interessada em promover o desenvolvimento da produção de riquezas e do comércio , cabia então consolidar a posse do que havia sido descoberto.
Em 1550, o rei D. João III fez o Papa Julio III fundir as duas instituições. Com isso, o grão-mestre passa a ser sempre o rei de Portugal, e o seu filho tem direito de sucedê-lo também no comando das expedições.
Os templários tinham em suas mãos relatórios reservados de navegadores que já haviam percorrido regiões desconhecidas e ver preciosidades como as tábuas de declinação magnética, que permitiam calcular a diferença entre o polo norte verdadeiro e polo norte magnético que aparecia nas bússolas. E à medida que as conquistas avançavam no Atlântico , eram feitos novos mapas de navegação astronômica , que forneciam orientação pelas estrelas do hemisfério sul, a que também unicamente os iniciados tinham acesso.
Todos sabem que Cabral só esteve no comando da esquadra porque era cavaleiro da Ordem de Cristo e como tal , tinha duas missões: criar uma feitoria na Índia e , no caminho , tomar posse de uma terra já conhecida Brasil. Sua presença era indispensável pois só a Ordem de Cristo , herdeira da Ordem dos Templários tinha autorização para ocupar os territórios tomados dos infiéis.
Mas o sucesso atraía a competição. A Espanha , tradicional adversária , também fazia política no Vaticano para minar os monopólios da Ordem , em ação combinada com seu crescente poderio militar.
Em 1480, depois de vencer Portugal numa guerra de dois anos na fronteira, os reis Fernando e Isabel, começaram a interessar-se pelas terras de além mar. Com a viagem vitoriosa de Colombo à América, em 1492, o Papa Alexandre VI , um espanhol de Valência, reconheceu em duas bulas, a Inter Caetera, o direito de posse dos espanhóis sobre o que o navegante genovês havia descoberto e rejeitou as reclamações de D. João II de que as novas terras pertenciam a Portugal.
O rei não se conformou e ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os dois países a negociarem , frente a frente, na Espanha, em 1494, um tratado para dividir o vasto novo mundo que todos pressentiam: "O Tratado de Tordesilhas".
Na volta da viagem à América, em 1493, Cristóvão Colombo fez uma escala em Lisboa para visitar o rei D. João II, um gesto corajoso. O soberano estava dividido entre dois conselhos: prender o Genovês ou reclamar direitos sobre as terras descobertas.
Para a sorte de Colombo decidiu pela Segunda alternativa. Como a reivindicação não foi atendida acabou sendo obrigado a enviar os melhores cartógrafos e navegadores da Ordem de Cristo, liderados pelo ex-presidente Duarte Pacheco Pereira, a Tordesilhas , na Espanha, para tentar um tratado definitivo, mediado pelo Vaticano, com os espanhóis. Apesar de toda a contestação a seus atos , a santa Sé ainda era o único poder transnacional na Europa do século XV. Só ela podia mediar e legitimar negociações entre países.
O cronista espanhol das negociações, Frei Bartolomeu de Las Casas, invejou a competência da missão portuguesa. No livro "História de Las Índias" , escreveu:
"No que julguei, tinham os portugueses mais perícia e mais experiência daquelas artes, ao menos das coisas do mar que as nossas gentes". Sem a menor dúvida, era a vantagem dada pela estrutura secreta da Ordem.
Portugal saiu-se bem no acordo. Pelas bulas Inter Caetera, os espanhóis tinham direito às terras situadas mais de 100 léguas a Oeste e Sul da Ilha dos Açores e Cabo Verde. Pelo acordo de Tordesilhas, a linha divisória e imaginária , que ia do polo norte ao polo sul, foi esticada para 370 léguas, reservando tudo que estivesse a leste desse limite para os portugueses.

A ORDEM ATRÁS DA ORDEM

A missão do priorado do Sion continuou intocável. Os seguidores da linhagem mantiveram-se atentos e, apesar do sofrimento do segmento da Ordem dos Templários, e o surgimento de outras denominações envolvendo os templários, os guardiães do Graal e dos tesouros hebraicos continuavam sob a égide do Priorado de Sion.
Mas quem foram realmente os templários e qual foi a verdadeira finalidade da criação dessa Orem de Cavalaria? Se havia uma Ordem que autorizou esta facção, o que ela realmente desejava? Quem seriam? Quando foi fundada? E por que?
De acordo com os lendários conhecimentos ocultos e bem guardados pelos templários antigos e modernos, os princípios que serviram de ideal para a fundação oficial da Ordem do Templo perante o mundo profano, são tão antigos quanto a própria história da humanidade.
Existiram os cruzados e os templários, onde estes últimos seguiram um objetivo bem diferente do que o da conquista de Jerusalém...Ao se instalarem nas ruínas do templo de Salomão, diz-se que eles encontraram os túneis secretos que levavam ao tesouro da biblioteca oculta onde estava guardados os segredos da antiga Ordem Hermética a qual pertenceu o rei Salomão, contendo também os diversos segredos de construção e arquitetura (gótica), segredos de navegação , as tábuas da lei e a arca da aliança, ressurgindo assim, os sagrados ideais de outrora, ocultado no interior de uma Ordem monástica com o nome de "Ordem dos Pobres Companheiros de Cristo", ficando conhecida mais tarde por "Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão, ou do Templo de Jerusalém", e , finalmente "Ordem do Templo".
Vencidos os obstáculos, descobriram uma passagem oculta só conhecida antes por iniciados nos mistérios, e no fim dessa passagem, uma porta dourada onde estava escrito: "Se é a curiosidade que aqui vos conduz, desisti e voltai. Se persistirdes em conhecer os mistérios da existência, fazei antes o vosso testamento e despedi-vos do mundo dos vivos".
Dessa forma, após muita hesitação, um dos cavaleiros bateu na porta dizendo: "Abri em nome de Cristo" e a porta abriu-se. Ao entrarem, encontraram entre figuras estranhas um forma de estátuas e estatuetas, um trono coberto de seda e sobre ele, um triângulo com a décima letra hebraica, YOD. Junto aos degraus do trono, estava a Lei Sagrada.
A Ordem do Templo sempre possuiu duas hierarquias, uma Interna e outra Externa. Faziam parte da Hierarquia Externa, os militares que defendiam a Terra Santa e os peregrinos que a ela se dirigiam. Já a Interna, era composta por homens e algumas mulheres que se dedicavam principalmente aos estudos herméticos e ocultos.
No início da Ordem, os Mestres do Templo eram sempre oriundos da Hierarquia Interna, sendo portanto, grandes Iniciados nos mistérios. Mas, a partir do mestrado de Bertrand de Blanchefort (1156-1169), introduziu-se o costume de escolher como Mestre do Templo, um profano da Hierarquia Externa que já tivesse, inclusive, desempenhado altas funções no Reino de Jerusalém, sendo Cavaleiros já amadurecidos na observância da regra. Esse costume demonstra o possível desejo de garantir a influência da Ordem perante aqueles que exerciam o poder na época, influência aliás, que já era muito grande. Foi nessa época também que houveram muitos desmandos, vícios, prepotência e arrogância dos Mestres do Templo.
Isto talvez explique os erros lastimáveis que cometeram os Mestres da Ordem, como por exemplo, a perda da batalha de Hattin e a conseqüente perda de Jerusalém durante o mestrado de Gerard de Ridefort (1184-1189). Por erros e traições perpetradas por alguns Mestres, muitos se revoltaram dentro e fora da Ordem, até que novamente conseguiram trazer para Mestre, Jacques de Molay, que apesar de ser praticamente iletrado, possuía o verdadeiro coração de um templário, sendo um dos responsáveis pela perpetuação da Hierarquia Interna através dos difíceis dias daquela época da Inquisição, bem como pela passividade diante da destruição da Hierarquia Externa, aceita pelos Mestres Ocultos do Templo como condição para que a Sabedoria secreta
Pudesse ser salva. Seria difícil crer que um exército disciplinado e treinado, com milhares de homens, com influências em todas as áreas e possuidores de imensas riquezas, não tivesse amigos e informantes.
Dessa forma, puderam os altos dignitários do Templo, dar a seus membros, palavras de passe e sinais de reconhecimento, para que se albergassem em outras confrarias onde seriam acolhidos e protegidos, principalmente pelos franco-maçons. Seus verdadeiros tesouros, isto é, seus conhecimentos, foram resguardados de mãos profanas, os arquivos e pergaminhos valiosos, foram colocados a salvo.
Portanto, a Hierarquia Externa do templo, seu lado profano e militar, perdeu seu poderio.

TEORIA DA VONTADE

A vida humana e suas dificuldades incontestáveis têm por finalidade, na ordem da sabedoria eterna, a educação da vontade do homem.
A dignidade do homem consiste em fazer o que quer e querer o bem, em conformidade com a ciência do verdadeiro. O bem conforme ao verdadeiro é o justo. A justiça é a prática da razão. A razão é o verbo da realidade. A realidade é a ciência da verdade. A verdade é a história idêntica do ser. O homem chega à idéia absoluta do ser por duas vias; a experiência e a hipótese. A hipótese é provável quando é solicitada pelos ensinamentos da experiência; é improvável ou absurda quando é rejeitada por esse ensinamento.
A experiência é a ciência e a hipótese é a fé. A verdadeira ciência admite necessariamente a fé; a verdadeira fé conta necessariamente com a ciência.
Este relato é, no mínimo, intrigante. Como nove membros da nobreza conseguiriam proteger peregrinos, guardar o Santo Sepulcro e, pior, defender Jerusalém? Além do mais, não se admitia outros membros nessa época. Na verdade, esta Ordem foi criada por uma outra Ordem e esses nobres permaneceram dentro do Templo de Jerusalém para uma cumprir uma missão. Missão definida e claramente apoiada pelo rei de Jerusalém, Baldwuin II que era na verdade, um descendente da nobreza francesa, da casa d’Anjou.
Os Templários juraram pobreza, castidade e obediência; não aceitavam adeptos, porém a Ordem dos Templários foi uma das mais ricas instituições posteriormente e contavam com milhares de adeptos.
Por trás da Ordem do Templo, se ergueram figuras míticas de personagem bem curiosos, que inspiraram o ideal Sinárquico Templário do Oriente em conjunção com os Ismaelitas do Velho da Montanha, os cabalistas, judeus da Espanha muçulmana, as ordas do Khanat de Gengiskan , os cavaleiros árabes de Saladino, as histórias do cálice, romances e lendas da Távola Redonda, Parcival entre outros. Um ímpeto espiritual sem precedentes na história medieval.
E Jerusalém foi tomada de assalto no século XII, o que também descaracterizou a principal missão externa da Ordem do Templo.
São Bernardo de Clairvaux, fundador da Ordem Cistercense, foi o patrono dos templários e recebeu de presente várias propriedades pertencentes aos templários.
Bernardo de Clairvaux defendia os judeus e convidava escriturólogos cabalistas para trabalhar na abadia de Clairvaux.
Ele pediu a cooperação da Ordem, através de Hugues de Payen, para reabilitar os ladrões, sacrílegos, assassinos, perjuros e adúlteros, porém que estivessem dispostos as se alistar nas fileiras das cruzadas pela libertação da Terra Santa.
Em 1128 de nossa era, o Papa Honório II aprova a Ordem Templária, dando a eles uma vestimenta especial, um hábito e um manto brancos. Em 1145 o Papa Eugênio III, lhes concede como distintivo, a cruz vermelha, que foi inicialmente usada do lado esquerdo do manto e mais tarde, também no peito. Em 1163, o Papa Alexandre III outorgou a carta constitutiva da Ordem, que na verdade parecia com as regras da Ordem Cistercense.
Devido as doações altíssimas de jóias e terras, auferiram poderes e, até chegaram a só render obediência ao grão-mestre e ao Papa.
Uma informação deve ser acrescentada: O Vaticano, em Roma, está por cima do cemitério onde supostamente Pedro, o Apóstolo foi enterrado após ser crucificado de cabeça para baixo. A autoridade Papal é baseada no fato de Jesus Ter chamado Pedro de "rocha", que ele daria continuidade a mensagem externa de Jesus.
Os templários, por sua vez, possuíam a missão de guardiães da mensagem interna, ou seja, do continuísmo profético da arca da aliança, tesouros espirituais e, dos segredos da genealogia de Jesus que, descendendo da linhagem de Davi, via Salomão era, além do Messias Prometido, um rei de fato. Eram mais afeitos à João (NT) que , segundo relato bíblico, recebeu de Jesus a incumbência da linhagem ou seguidores da linhagem, já que Jesus solicitou a João que cuidasse de Maria, sua mãe e vice-versa..
A Ordem do Templo era constituída de vários graus e a mais importante foi a dos cavaleiros, descendentes de alta estirpe em sua maioria. Tinham também clérigos ( bispos, padres e diáconos) e outras duas classes de irmãos servidores, os criados e artífices.
Chegaram a ser grandes financistas e banqueiros internacionais, cuja riquezas chegaram a o seu apogeu no século XIII. Seu papel na Igreja pode ser avaliado pelo fato de haver representantes nos Concílios da Igreja católica (Troyes, Latão, Lyon).
Devido ao extremo sigilo de sua missão e sua iniciação, os leigos atribuíam as mais horríveis práticas e histórias infundadas.
Após a tomada de Jerusalém pelos sarracenos (muçulmanos que negociavam, no período de trégua, com os templários, pois acreditavam ser prudente Ter algum dinheiro investido com os cristãos para o caso de que os avatares da guerra pudessem terminar em alguma espécie de pacto com os europeus) em 1291, adveio a queda do reino latino; o quartel general da Ordem foi transferida da Cidade Santa para Chipre, e Paris passou à categoria de seu principal centro na Europa.
Embora a Ordem tenha sido abalada em sua razão de ser quando o túmulo de Cristo passou para os muçulmanos, ainda era poderosamente rica e, a corte da França além do Papa deviam dinheiro a eles e passaram a ser cobiçados pelo rei francês, Felipe, o Belo. Esse rei confiscou os haveres dos lombardos e judeus e os expulsou do país. Os templários corriam perigo pois o imenso patrimônio (150.000 florins de ouro, 10.000 casa ou solares, inúmeras fortalezas, pratarias, vasos de ouro, entre outras preciosidades. Trinta mil simpatizantes em 9.000 comendadorias entre Palestina, Antióquia,
Tripoli, França, Sicília, Inglaterra, Escócia, Irlanda etc. Isto era apenas o que o rei sabia , em seu território.
Felipe e o Papa fizeram uma perigosa cilada, ajudada por opositores que, interessados na desmoralização da Ordem, contra ela, levantou graves acusações.
Em 13 de outubro de 1307, numa Sexta feira, mandou prender todos os templários e seu grão-mestre, Jacques de Molay, os quais, submetidos à inquisição, foram por estes, acusados de hereges. Por meio de inomináveis torturas físicas, infligidas a ferro e fogo, foram arrancados desses infelizes as mais contraditórias confissões.
O Papa, desejoso de aniquilar a Ordem, mantendo a hegemonia da Igreja de S. Pedro, e livrar-se da dívida, convocou o Concílio de Viena em 1311, com esse fim mas não conseguiu. Convocou um outro, porém privado em 22 de novembro de 1312 e aboliu a Ordem, conquanto admitindo a falta de provas das acusações. As riquezas da Ordem foram confiscadas em benefício da Ordem de São João, mas é certo que uma grossa parcela foi parar nos cofres franceses de Felipe, o Belo.
A tragédia atingiu seu ponto culminante em 14 de março de 1314, quando o grão-mestre do templo, Jacques De Molay e Godofredo de Charney, preceptor da Normandia, foram publicamente queimados no pelourinho diante da Catedral de Notre Dame, ante o povo, como hereges impenitentes. Diz-se que o grão-mestre, ao ser queimado lentamente, voltou a cabeça em direção ao local onde se encontrava o rei e imprecou:
"Papa Clemente, Cavaleiro guilherme de Nogaret, rei Felipe...Convoco-os ao tribunal dos céus antes que termine o ano, para que recebam vosso justo castigo. Malditos, malditos, malditos!...Sereis malditos até treze gerações..." E de fato, antes de decorridos o prazo, todos estavam mortos.
Em Portugal, o rei D.Dinis não aceita as acusações, funda a Ordem de Cristo para qual passou alguns templários. Na Inglaterra, o rei Eduardo II, que não concordara com as ações do sogro. Felipe, ordena uma investigação cujo resultado proclama a inocência da Ordem.
Na inglaterra, Escócia e Irlanda, os templários distribuíram-se entre a Ordem dos Hospitalários, monastérios e abadias. Na Espanha, o Concílio de Salamanca, declara unanimemente que os acusados são inocentes e funda a Ordem de Montesa. Na Alemanha e Itália a maioria dos Cavaleiros permaneceram livres. Tambem os rozacruzes, Grande Fraternidade Universal, OSTG (Ordem sagrada do Templo e do Graal.
A destruição da Ordem não suprimiu os ensinamentos mais profundos. A maçonaria e a Ordem DeMolay mantém a mística até os dias de hoje.

CABALA

A Alquimia tomou emprestado da Cabala todos os seus signos, e era na lei das analogias, resultantes da harmonia dos contrários, que baseava suas operações.
A magia é a primeira das ciências e a mais caluniada de todas, porque o vulgo obstina-se em confundir a magia com a bruxaria supersticiosa cujas práticas abomináveis são denunciadas.
Os próprios historiadores religiosos reconhecem a existência e o poder da magia que concorria abertamente com a de Moisés.
Saber, ousar, querer, calar-se, são os quatro verbos cabalísticos do tetragrama e as quatro formas hieroglíficas da esfinge. Saber é a cabeça humana; ousar são as garras do leão; querer são as ilhargas laboriosas do touro; calar são as asas místicas da águia. A magia é a cabala física.

O SURGIMENTO DA ARQUITETURA GÓTICA

Um núcleo, provavelmente ultra secreto, dos Templários, formado à liderança da Ordem (seria esse o pequeno grupo dos cavaleiros do Graal), dispunha, por meio das tábuas completas da lei, de um conhecimento ainda hoje fora do alcance da humanidade. Por exemplo, podemos provar que os Templários não só racionalizou como também revolucionou a agricultura.
No tempo do florescimento da Ordem do Templo, surgiu a arquitetura gótica. Curiosamente , esse "aparecer" foi repentino, e não resultado de um crescimento orgânico e lento. O goticismo não cresceu da arquitetura romana que a precedeu. Era algo completamente novo. Subitamente estava lá.
arquitetura romana baseia-se numa força que age de cima para baixo; a cúpula redonda pressiona com seu peso os muros e estabiliza dessa maneira a construção. Os arcos pontudos da catedral gótica baseiam-se exatamente no princípio contrário: a pressão age de baixo para cima. Enquanto uma cúpula romana pode eventualmente cair, se mal construída, um arco gótico pode explodir. Trata-se de um caso de tensão dinâmica.
Resumindo. Podemos dizer que os arquitetos romanos, com toda sua inteligência, aplicaram nas suas construções uma técnica pouco diferente daquela usada pelos construtores megalíticos, quando amontoavam pedras pesadas umas sobre as outras. Já a catedral gótica exige um conhecimento muito maior, assim como dados científicos, tradicionalmente recebidos ou geometricamente calculados e recalculados constantemente. Isso superava amplamente os conhecimentos daquela época.
Além da arquitetura e agricultura, um outro fato é válido também para o campo financeiro.
Os monarcas estavam constantemente sem dinheiro. As cidades eram pequenas e o núcleo de habitantes também; a igreja protegia cuidadosamente seu tesouro. Os funcionários públicos eram, salvo raras exceções, bastante pobres. Logicamente podemos perguntar o que estaria atrás dessa mania de construir que consumia somas astronômicas.
É muito provável que essas construções, surgindo de uma hora para outra, dentro de um curto espaço de tempo, dezenas ao mesmo tempo, faziam parte de um gigantesco projeto ainda não esclarecido para a humanidade.
De onde vieram esses operários especializados, do arquiteto ao escultor ou o chaveiro, num mundo de relativamente poucos habitantes? Seja como for, nasceu uma classe de operários de construção, treinados numa técnica exemplar e fisicamente livres para, em caso de necessidade, se locomover de uma oficina para outra, sem problemas.
Não é sem razão que se considera essas oficinas de construtores livres (chamadas loges, em francês) como precursores das lojas franco-maçônicas.
Entre as invenções dos Templários, podemos acrescentar a idéia original da criação dos bancos, com seus cheques e outros métodos de créditos, projetados para ajudar as finanças e suas atividades na Terra Santa.

OS TEMPLÁRIOS

Fundada em 12 de junho de 1118, em Jerusalém por Hugues de Payens e Gogofredo de Saint Omer. Chamada de "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão", a Ordem do Templo foi criada , supostamente, para defender Jerusalém dos infiéis, guardar o Santo Sepulcro e proteger os peregrinos à caminho a Terra Santa.
Após o término da construção do Templo de Jerusalém, Salomão levou a Arca para lá. O Templo era a casa do Senhor, edificado por Salomão, para a eterna habitação do Senhor, com a presença da Arca e das Tábuas da Lei como testemunhas. Esses dois fatos são mencionados na Bíblia pela última vez e com precisão em ( I Reis 8,9).
O grande interesse pela Arca não se prendia apenas ao valor religioso que elas apresentavam, mas também, segundo Charpentier, pelos capítulos mais importantes e essenciais nelas escondidos cuidadosamente e fora do alcance do público. Essa parte continha a sabedoria antiquíssima, a verdadeira Lei Divina participada a Moisés, no Monte Sinai, ou escrita por ele mesmo com os conhecimentos que adquirira através de sua iniciação no Egito.
Seja qual for o sentido esotérico dos documentos trazidos, o fato é que nas Tábuas não havia mensagens míticas os considerações vagas que pudessem dar margem a interpretações arbitrárias. Pois a parte da lei não destinada ao público formava uma enciclopédia compacta e de natureza científica e parecida com o texto de Hermes Trimegisto contendo dados de milhares de anos antes de Moisés.
Essa ciência podia ser comparada perfeitamente a um impresso político ou, ao que tudo indica, seria um manual prático para o esclarecimento do reino de Deus.
Em conseqüência às informações dos teólogos e cabalistas judeus é que, o grupos dos Templários foram à Jerusalém para conquistar a Arca e seu conteúdo inestimável.
A intenção era por em prática, com muito cuidado e de maneira experimental, a verdadeira Lei Divina, chave dos segredos do universo, para o bem da humanidade.
Tal missão lembra-nos a procura do Santo Graal, assunto que, nas décadas seguintes, passou a Ter um vivo interesse na literatura Ocidental.
Baldwuin II, rei de Jerusalém, recebeu a ambos e mais sete templários nos alojamentos das estrebarias do Templo de Salomão onde permaneceram por nove anos e seus trabalhos e pesquisas permaneceram secretos. Eles retornaram à Europa plenos de glória e mistérios e seu retorno coincidiu com a construção das primeiras catedrais góticas.

MISTÉRIOS TEMPLÁRIOS

Durante uma jornada que se estendeu por quase dois séculos e se consagrou com um alto nível de poder e popularidade, foi gerada uma série de lendas que se confundem com fatos em torno dos Templários. Realmente, é provável que tenham desenvolvido uma filosofia influenciada pela sabedoria oriental. Mas não chegava a ser uma heresia. Soma-se a isso às acusações apresentadas no período da queda da Ordem e encontra-se uma imensidão de hipóteses interessantes: desde adoração ao demônio até a influência arquitetônica.
Até mesmo os objetivos originais da Ordem dos Templários são alvos das possibilidades. Segundo especulações, sua fundação teria sido articulada por Bernardo de Claraval (São Bernardo) para buscar a Arca da Aliança e as Tábuas das Leis Divinas no Templo de Salomão. A partir do momento que foram encontradas, os Templários se desenvolveram em todos os aspectos. O Santo Graal seria apenas uma metáfora para se referir a esses tesouros.
O mito da heresia surgiu através das acusações que dissolveram a Ordem em toda a Europa. Sob tortura, os cavaleiros declaravam que cuspiam e andavam sobre a cruz, trocavam beijos obscenos no umbigo e nas nádegas (nesta época, beijo na boca entre homens era aceitável), negavam a divindade de Cristo e ainda idolatravam uma imagem demoníaca denominada Baphomet. Porém, após as sessões de tortura e a irrevogável condenação, os Cavaleiros negavam as confissões assinadas. Havia poucas evidências de que os Templários se desviaram dos conceitos básicos da Igreja Católica daquela época.
Na Grã-bretanha, Robert Bruce buscava a independência da Escócia e articulava uma batalha contra o exército do Rei Eduardo II. As tropas de Eduardo possuíam armas e um contingente muito superior ao inimigo. Mesmo assim os rebeldes escoceses combateram o exército real. Acredita-se que um grupo de cavaleiros Templários, altamente treinado, teria se refugiado na Escócia e lutado ao lado de Bruce.
Provavelmente, em 1250 os Templários já haviam estado na América. Devido ao seu grande crescimento econômico através de matéria-prima e minérios como ouro e prata, escassos na Europa, supõe-se que parte de sua riqueza já havia sido extraída do continente americano. O fato de ser uma Ordem Secreta, onde os segredos só eram transmitidos entre seus membros à medida que eram promovidos, explica a ausência de registros históricos dessas navegações. Há mapas incluindo o Brasil desde 1389.
Após a extinção da Ordem, os Templários portugueses passaram a se chamar Ordem de Cristo e mudaram sua bandeira. As naus que aportaram no Brasil traziam a bandeira desta nova Ordem. Pedro Álvares Cabral seria não apenas um navegador, mas um dos altos comandantes da Ordem de Cristo, que fez uso dos mapas e cartas de navegação templárias para "descobrir" o Brasil.
A arquitetura gótica surgiu repentinamente durante o desenvolvimento da Ordem dos Templários. Não pode ser considerada uma continuidade da arquitetura romana, pois os conceitos entre ambas são totalmente opostos. A arquitetura romana baseia-se numa força de cima para baixo que estabiliza toda a construção. Enquanto a gótica está baseada no princípio contrário, numa força que pressiona de baixo para cima. Esses conceitos arquitetônicos e geométricos são muito avançados para o pensamento medieval. Portanto, acredita-se que a arquitetura gótica tenha surgido através de um conhecimento secreto adquirido pelos Templários, e as várias Catedrais tenham sido edificadas para guardar suas riquezas.

A ORDEM DOS POBRES CAVALEIROS DE CRISTO

No ano 1118, Jerusalém já era um território cristão. Assim, nove monges veteranos da primeira Cruzada, entre eles Hugh de Payen e Gogofredo de Saint Omer, dirigiram-se ao rei de Jerusalém Balduíno I e anunciaram a intenção de fundar uma ordem de monges guerreiros. Dentro de suas possibilidades, se encarregariam da segurança dos peregrinos que transitavam entre a Europa e os territórios cristãos do Oriente. Os membros fizeram votos de pobreza pessoal, obediência e castidade.
Os denominados Pobres Cavaleiros de Cristo se instalaram numa parte do palácio que foi cedida por Balduíno, um local que outrora foi o Templo de Salomão. Por isso ficaram conhecidos como Cavaleiros do Templo, ou Cavaleiros Templários. Apenas em 1127 no Concílio de Troyes, o Papa Honório II outorgou a condição de Ordem, concedendo um hábito branco com uma cruz vermelha no peito. O símbolo era um cavalo montado por dois soldados, numa alusão a pobreza.
A Ordem desenvolveu uma estrutura básica e se organizou numa hierarquia composta de sacerdotes até soldados. A esta altura, constituída não apenas por religiosos mas principalmente por burgueses, os Templários se sustentavam através de uma imensa fortuna que provinha de doações dos reinados.
Durante um período de quase dois séculos, a Ordem foi a maior organização Militar-Religiosa do mundo. Suas atividades já não estavam restritas aos objetivos iniciais. Os soldados templários recebiam treinamento bélico; combatiam ao lado dos cruzados na Terra Santa; conquistavam terras; administravam povoados; extraíam minérios; construíam castelos, catedrais, moinhos, alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis e intervinham na política européia. Além de aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática. Houve até mesmo a criação de um sistema semelhante ao dos bancos monetários atuais. Ao iniciar a viagem para a Terra Santa, o peregrino trocava seu dinheiro por uma carta de crédito nominal que lhe era restituída em qualquer posto templário. Assim, seus bens estavam seguros da ação de saqueadores. O poder dos Templários tornou-se maior que a Monarquia e a Igreja.
As seguidas derrotas das Cruzadas no século XIII, comprometeram a atividade principal dos Templários, e a existência de uma Ordem Militar com tais objetivos já não era necessária. Neste mesmo período, o Rei Felipe IV - O Belo - comandava a França. Diferente da maioria dos monarcas que eram subalternos à Igreja, Felipe se engajava em campanhas aliadas ao Clérigo, em troca de benefícios políticos.
Felipe IV devia terras e imensas somas em dinheiro aos Templários. Assim, propôs ao arcebispo Beltrão de Got uma troca de favores. O monarca usaria sua influência para que o religioso se tornasse Papa. Por sua vez, Beltrão de Got se comprometeria a exterminar a Ordem dos Templários assim que alcançasse o papado. Apenas um Papa possuía poder político para fazê-lo. No ano de 1305, Beltrão de Got sobe ao Trono de São Pedro como o Papa Clemente V.
Neste momento tinha início as acusações contra os cavaleiros e a implacável perseguição em toda a Europa. O processo inquisitório contra os Templários se estendeu por vários anos sob torturas e acusações diversas, como heresia, idolatria, homossexualismo e conspiração com infiéis. Os condenados eram levados à fogueira da Inquisição. Na França, o último Grão-Mestre da Ordem, Jacques de Molay, e outros 5 mil cavaleiros foram encarcerados pelos soldados do Rei Felipe. Na Grã-bretanha, a Ordem foi dissolvida pelo Rei Eduardo II. Na Alemanha e Suíça, os Cavaleiros foram declarados inocentes mas a Ordem também foi suprimida.
Finalmente, em 18 de março de 1314, Jacques de Molay foi levado à fogueira da Santa Inquisição às margens do Rio Sena, em Paris. Há uma lenda, que agonizante em meio às chamas, o líder dos Templários amaldiçoou o Papa Clemente V e o Rei Felipe, dizendo que se os Templários tivessem sido injustamente condenados, o Papa morreria em no máximo 40 dias e o Rei dentro de um ano. O Papa morreu 33 dias após a execução de Molay e o Rei em pouco mais de 6 meses.
Em toda a Europa, a Ordem dos Templários foi oficialmente extinta. Seus bens, o imenso contingente do exército e sua estrutura foram diluídos em outras Ordens menos expressivas. Atualmente, a Ordem Rosa Cruz e a Maçonaria se consideram ascendentes diretas dos Cavaleiros Templários.