A missão do priorado do Sion continuou intocável. Os seguidores da linhagem mantiveram-se atentos e, apesar do sofrimento do segmento da Ordem dos Templários, e o surgimento de outras denominações envolvendo os templários, os guardiães do Graal e dos tesouros hebraicos continuavam sob a égide do Priorado de Sion.
Mas quem foram realmente os templários e qual foi a verdadeira finalidade da criação dessa Orem de Cavalaria? Se havia uma Ordem que autorizou esta facção, o que ela realmente desejava? Quem seriam? Quando foi fundada? E por que?
De acordo com os lendários conhecimentos ocultos e bem guardados pelos templários antigos e modernos, os princípios que serviram de ideal para a fundação oficial da Ordem do Templo perante o mundo profano, são tão antigos quanto a própria história da humanidade.
Existiram os cruzados e os templários, onde estes últimos seguiram um objetivo bem diferente do que o da conquista de Jerusalém...Ao se instalarem nas ruínas do templo de Salomão, diz-se que eles encontraram os túneis secretos que levavam ao tesouro da biblioteca oculta onde estava guardados os segredos da antiga Ordem Hermética a qual pertenceu o rei Salomão, contendo também os diversos segredos de construção e arquitetura (gótica), segredos de navegação , as tábuas da lei e a arca da aliança, ressurgindo assim, os sagrados ideais de outrora, ocultado no interior de uma Ordem monástica com o nome de "Ordem dos Pobres Companheiros de Cristo", ficando conhecida mais tarde por "Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão, ou do Templo de Jerusalém", e , finalmente "Ordem do Templo".
Vencidos os obstáculos, descobriram uma passagem oculta só conhecida antes por iniciados nos mistérios, e no fim dessa passagem, uma porta dourada onde estava escrito: "Se é a curiosidade que aqui vos conduz, desisti e voltai. Se persistirdes em conhecer os mistérios da existência, fazei antes o vosso testamento e despedi-vos do mundo dos vivos".
Dessa forma, após muita hesitação, um dos cavaleiros bateu na porta dizendo: "Abri em nome de Cristo" e a porta abriu-se. Ao entrarem, encontraram entre figuras estranhas um forma de estátuas e estatuetas, um trono coberto de seda e sobre ele, um triângulo com a décima letra hebraica, YOD. Junto aos degraus do trono, estava a Lei Sagrada.
A Ordem do Templo sempre possuiu duas hierarquias, uma Interna e outra Externa. Faziam parte da Hierarquia Externa, os militares que defendiam a Terra Santa e os peregrinos que a ela se dirigiam. Já a Interna, era composta por homens e algumas mulheres que se dedicavam principalmente aos estudos herméticos e ocultos.
No início da Ordem, os Mestres do Templo eram sempre oriundos da Hierarquia Interna, sendo portanto, grandes Iniciados nos mistérios. Mas, a partir do mestrado de Bertrand de Blanchefort (1156-1169), introduziu-se o costume de escolher como Mestre do Templo, um profano da Hierarquia Externa que já tivesse, inclusive, desempenhado altas funções no Reino de Jerusalém, sendo Cavaleiros já amadurecidos na observância da regra. Esse costume demonstra o possível desejo de garantir a influência da Ordem perante aqueles que exerciam o poder na época, influência aliás, que já era muito grande. Foi nessa época também que houveram muitos desmandos, vícios, prepotência e arrogância dos Mestres do Templo.
Isto talvez explique os erros lastimáveis que cometeram os Mestres da Ordem, como por exemplo, a perda da batalha de Hattin e a conseqüente perda de Jerusalém durante o mestrado de Gerard de Ridefort (1184-1189). Por erros e traições perpetradas por alguns Mestres, muitos se revoltaram dentro e fora da Ordem, até que novamente conseguiram trazer para Mestre, Jacques de Molay, que apesar de ser praticamente iletrado, possuía o verdadeiro coração de um templário, sendo um dos responsáveis pela perpetuação da Hierarquia Interna através dos difíceis dias daquela época da Inquisição, bem como pela passividade diante da destruição da Hierarquia Externa, aceita pelos Mestres Ocultos do Templo como condição para que a Sabedoria secreta
Pudesse ser salva. Seria difícil crer que um exército disciplinado e treinado, com milhares de homens, com influências em todas as áreas e possuidores de imensas riquezas, não tivesse amigos e informantes.
Dessa forma, puderam os altos dignitários do Templo, dar a seus membros, palavras de passe e sinais de reconhecimento, para que se albergassem em outras confrarias onde seriam acolhidos e protegidos, principalmente pelos franco-maçons. Seus verdadeiros tesouros, isto é, seus conhecimentos, foram resguardados de mãos profanas, os arquivos e pergaminhos valiosos, foram colocados a salvo.
Portanto, a Hierarquia Externa do templo, seu lado profano e militar, perdeu seu poderio.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
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