terça-feira, 6 de novembro de 2007

MISTÉRIOS TEMPLÁRIOS

Durante uma jornada que se estendeu por quase dois séculos e se consagrou com um alto nível de poder e popularidade, foi gerada uma série de lendas que se confundem com fatos em torno dos Templários. Realmente, é provável que tenham desenvolvido uma filosofia influenciada pela sabedoria oriental. Mas não chegava a ser uma heresia. Soma-se a isso às acusações apresentadas no período da queda da Ordem e encontra-se uma imensidão de hipóteses interessantes: desde adoração ao demônio até a influência arquitetônica.
Até mesmo os objetivos originais da Ordem dos Templários são alvos das possibilidades. Segundo especulações, sua fundação teria sido articulada por Bernardo de Claraval (São Bernardo) para buscar a Arca da Aliança e as Tábuas das Leis Divinas no Templo de Salomão. A partir do momento que foram encontradas, os Templários se desenvolveram em todos os aspectos. O Santo Graal seria apenas uma metáfora para se referir a esses tesouros.
O mito da heresia surgiu através das acusações que dissolveram a Ordem em toda a Europa. Sob tortura, os cavaleiros declaravam que cuspiam e andavam sobre a cruz, trocavam beijos obscenos no umbigo e nas nádegas (nesta época, beijo na boca entre homens era aceitável), negavam a divindade de Cristo e ainda idolatravam uma imagem demoníaca denominada Baphomet. Porém, após as sessões de tortura e a irrevogável condenação, os Cavaleiros negavam as confissões assinadas. Havia poucas evidências de que os Templários se desviaram dos conceitos básicos da Igreja Católica daquela época.
Na Grã-bretanha, Robert Bruce buscava a independência da Escócia e articulava uma batalha contra o exército do Rei Eduardo II. As tropas de Eduardo possuíam armas e um contingente muito superior ao inimigo. Mesmo assim os rebeldes escoceses combateram o exército real. Acredita-se que um grupo de cavaleiros Templários, altamente treinado, teria se refugiado na Escócia e lutado ao lado de Bruce.
Provavelmente, em 1250 os Templários já haviam estado na América. Devido ao seu grande crescimento econômico através de matéria-prima e minérios como ouro e prata, escassos na Europa, supõe-se que parte de sua riqueza já havia sido extraída do continente americano. O fato de ser uma Ordem Secreta, onde os segredos só eram transmitidos entre seus membros à medida que eram promovidos, explica a ausência de registros históricos dessas navegações. Há mapas incluindo o Brasil desde 1389.
Após a extinção da Ordem, os Templários portugueses passaram a se chamar Ordem de Cristo e mudaram sua bandeira. As naus que aportaram no Brasil traziam a bandeira desta nova Ordem. Pedro Álvares Cabral seria não apenas um navegador, mas um dos altos comandantes da Ordem de Cristo, que fez uso dos mapas e cartas de navegação templárias para "descobrir" o Brasil.
A arquitetura gótica surgiu repentinamente durante o desenvolvimento da Ordem dos Templários. Não pode ser considerada uma continuidade da arquitetura romana, pois os conceitos entre ambas são totalmente opostos. A arquitetura romana baseia-se numa força de cima para baixo que estabiliza toda a construção. Enquanto a gótica está baseada no princípio contrário, numa força que pressiona de baixo para cima. Esses conceitos arquitetônicos e geométricos são muito avançados para o pensamento medieval. Portanto, acredita-se que a arquitetura gótica tenha surgido através de um conhecimento secreto adquirido pelos Templários, e as várias Catedrais tenham sido edificadas para guardar suas riquezas.

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