terça-feira, 6 de novembro de 2007

HISTÓRIA

A Ordem do Templo, tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e econômico. A sua divisa era: " Non nobis Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam ! ", o que significa: " Não por nós Senhor, não por nós, mas para a glória de Teu nome! "
De forma rápida a Ordem ia crescendo, tanto política quanto economicamente. Estavam diretamente sob a autoridade papal, e, portanto, sem responsabilidade para com qualquer Rei ou nação.
Passaram a possuir terras, castelos e muito dinheiro. Tamanha se tornara a sua força que mesmo Reis e Príncipes passariam a confiar toda fortuna que possuíam à sua guarda. Muito da riqueza Templária advém disto, pois boa parte dos bens conferidos à guarda Templária, quer por um motivo ou outro, jamais retornaria às mãos de seu dono original.
Mas o início do século XIV encontraria uma Europa bem distinta daquela de duzentos anos antes. As derrotas do exército cristão, no oriente, impunham um definitivo cessar da era das grandes cruzadas. Não havia mais terras santas a serem defendidas e a idéia de Ordens Militares logo tomaria ares de anomalia, visto não mais haver necessidade de sua principal função: a proteção dos peregrinos.
Nessa época, reinava na França, Felipe IV, cognominado Felipe o Belo. Implacavelmente coerente em seus atos, realçando os aspectos sacerdotais de um monarca, Felipe IV, transformara-se em uma espécie de semideus, conduzindo seu reinado com mão de ferro.
Felipe, como parte de um maquiavélico plano, tentara fazer parte da Ordem do Templo. Mas, para sua ira, seu pedido de ingresso lhe fora negado.
A história, repleta de exemplos de Reis dominados pela Igreja e por Papas, teve em Felipe, o Belo, justamente o oposto. O quadro clérigo da época destacava-se, não pela presumida divina representação terrena de Deus, atribuída a Santa Igreja Católica, mas pelas fortes disputas internas por posições de destaque político dentro do corpo eclesiástico. Felipe, bem consciente deste fato, marcou um encontro secreto com um certo arcebispo, nas ruínas de um mosteiro em plena floresta. Nesse encontro, propõe fazer do inexpressivo arcebispo, Papa, em troca de seis favores, dos quais um, só lhe seria revelado após a eleição. Felipe acertara em cheio na sua escolha. Assim, sob sua influência, um sujeito fraco e ganancioso, o Arcebispo Beltrão de Got, subia ao Trono de São Pedro como Papa Clemente V, em novembro de 1305.
O favor oculto devido a Felipe por Clemente V, só um papa poderia fazê-lo, pois os Templários não estavam submissos a mais ninguém. Era a dissolução da Ordem dos Templários e Clemente V seria o instrumento de Felipe, o Belo.
Felipe, no intuito de elaborar um plano de ação contra os Templários, fez-se infiltrar na Ordem através de vários agentes. O fim da Ordem do Templo estava desencadeado. Em uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307, Jacques de Molay e cerca de cinco mil Templários, quase todos aqueles existentes na França, foram encarcerados pelos homens do Rei Felipe, o Belo.
As acusações mostravam heresias as mais diversas, a maioria destas sendo bem comuns aos cotidianos processos movidos pela Santa Inquisição: negação do Cristo, blasfêmia contra Deus, homossexualismo, idolatria ( adoração de Baphomet ), conluio com os infiéis do islã, etc.
O processo de inquisição contra os Templários continuou por sete anos. Seu ápice ocorreu em 18 de março de 1314, quando o último líder dos Templários, Jacques de Molay e Geoffroy de Charnay, foram arrastados à morte na fogueira da Santa Inquisição.

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